Índice de Preços ao Consumidor
Índice de Preços ao Consumidor

Índice de Preços ao Consumidor - IPC

O índice de Preços ao Consumidor (IPC) é vinculado ao Departamento de Economia, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da Unimontes.

Apresentação

O índice de Preços ao Consumidor (IPC) é vinculado ao Departamento de Economia, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da Unimontes. Mede a variação de preços de um conjunto fixo de bens e serviços componentes de despesas habituais de famílias de nível de renda  entre um e seis salários mínimos mensais.

A proposta é medir, ao longo do tempo, o nível geral de um conjunto de produtos, bens ou serviços no varejo, ou seja, da forma como eles chegaram ao consumidor final, e serve de referência para avaliação do poder de compra da população.

Em um sentido macroeconômico, tais índices são frequentemente adotados como indicadores da inflação, já que incluem praticamente todos os bens de consumo correntes e serviços. São utilizados como indexadores pelos governos, porque tendem a manter constantes as arrecadações de impostos e taxas, e também nos contratos de trabalho, por manterem constante o poder de compra dos empregados. Os índices são muito úteis na atualização de preços dos ativos na economia, sendo empregados na comparação de valores reais presentes e passados.

O cálculo do IPC é realizado com base nas despesas de consumo obtidas através da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), que possibilita conhecer quais são os bens e os serviços utilizados durante um ano pelas famílias. Verifica também a representatividade de cada um desses bens e serviços na despesa global das famílias.

Com base na POF construiu-se a composição final das versões do Índice de Preços ao Consumidor. Os bens e serviços que integram a amostra foram classificados em sete  grupos ou classes de despesa, 28 subgrupos com 5000  itens .

As sete classes de despesas são: Alimentação,  Vestuário, Habitação, Artigos de Residência, Transporte e Comunicação, Saúde e Cuidados Pessoais, Educação e Despesas Pessoais .

O índice de Preços ao Consumidor, além de seu  emprego como indexador, tem sido utilizado nas atividades acadêmicas de ensino e pesquisa, entidades de classe, empresários e profissionais da imprensa.

A metodologia de cálculo é a da comparação dos preços médios do mês atual com os preços do mês anterior.  A coleta de preços é ininterrupta, possui abrangência local e ocorre entre o primeiro e o último dia de cada mês  por uma equipe de coletores que visitam os estabelecimentos comerciais varejistas em diferentes bairros da cidade. Cabe ressaltar, ainda, que os trabalhos do cálculo do IPC-Moc são realizados com a participação de estudantes, preferencialmente, do curso de Economia, constituindo-se, desta forma, em  importante instrumento de treinamento em pesquisas para eles. As atividades dos acadêmicos no levantamento do índice de preços compreendem os trabalhos de campo e coleta de preços, as atividades de tabulação e análise de dados, bem como o processamento para o cálculo do índice e a elaboração do relatório mensal.

Em 2017, o IPC de Montes Claros registrou, para as famílias montesclarenses com rendimento entre 1 e 6 salários mínimos mensais uma variação acumulada de 4,03% contra 8,55 pontos percentuais registrados em 2016.

Variações percentuais do IPC Montes Claros no ano de 2017

 Fonte: IPC/DEC/CCSA-2017

Variações percentuais do IPC Montes Claros por grupo de produtos e serviços em 2017

O grupo que teve a maior participação no resultado final do índice foi Educação (9,98%), seguido do grupo Habitação, cuja contribuição para o índice final foi de 8,21%, destacando neste grupo o aumento do gás de cozinha de aproximadamente 58% no ano.

Fonte: IPC/DEC/CCSA-2017

O Setor calcula e publica ainda os preços dos gêneros básicos que compõem a Ração Essencial Mínima para um trabalhador adulto, cujo rendimento mensal compreende um salário mínimo.

Para realizar a pesquisa da cesta básica, o IPC-Moc baseia-se na composição dos principais grupos alimentícios definidos pelo decreto-lei 399, de 30 de abril de 1938, única legislação referente ao assunto em vigor no país, que define os produtos e as quantidades ideais que um trabalhador adulto deve consumir, durante o mês, para se produzir como força de trabalho.

Os preços dos gêneros básicos que compõem a Ração Essencial Mínima registraram, no ano de 2017, uma inflação acumulada negativa de -5,75% contra -0,15% registrado no ano anterior. O resultado apresentado em 2017 é fruto da safra agrícola recorde obtida no ano, principalmente de dois itens básicos : o arroz e o feijão. Somado a isso, a oferta de frutas foi beneficiada em função do clima ameno nas regiões produtoras.

Variação da Cesta Básica de Montes Claros no ano de 2017

 Fonte: IPC/DEC/CCSA-2017