Financiados pela Lei Aldir Blanc, exemplares são distribuídos gratuitamente para cada escola municipal em Montes Claros

Uma maneira lúdica de aproximar os povos e as comunidades tradicionais aos pequenos e jovens estudantes de Montes Claros e do Norte de Minas, com destaque para a diversidade brasileira e como transformá-la num legado social e ambiental no dia a dia. Esta é a proposta do livro infantojuvenil “Os povos e as comunidades tradicionais do Brasil”, pela Editora Canastra, elaborado e organizado pelo professor Gustavo Cepolini Ferreira, do Departamento de Geociências e do mestrado em Geografia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

O lançamento acontece de forma didática, com a doação de 150 exemplares para as escolas de ensino fundamental e médio da rede pública municipal de Montes Claros. A distribuição será gradativa. A Escola Municipal Professora Eunice Carneiro (Bairro Corrêa Machado) e Escola Municipal Laudelina Fonseca (Jardim Alegre/Facela) foram os primeiros educandários a receber os livros, na última semana. Nesta terça-feira, a visita foi à Escola Municipal Dona Vidinha Pires.

Estas primeiras experiências, segundo o autor, foram bem positivas. O lançamento fez parte da programação do Projeto “Trilhas da Leitura”, com a participação de 250 crianças do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental em sessões de bate-papo e de interação, com as páginas do livro para colorir. As ilustrações são do artista visual Vinícius Ribeiro, de Montes Claros, que também atua na arte-educação. Egresso do Curso de Artes Visuais da Unimontes, atualmente ele é professor da educação básica em Pirapora.

“Neste material, trabalhamos na apresentação dos 29 povos e comunidades tradicionais do Brasil, na forma de um glossário ilustrado, com crianças como personagens na citação de cada um”, explica o professor.

Professor Gustavo Cepolini (Divulgação)

POLÍTICA – A relação está em consonância com a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, instituída pelo Decreto Federal no 6.040, de 2007, tem como principal objetivo “o reconhecimento, fortalecimento e garantia dos seus direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e culturais, além da valorização à sua identidade, formas de organização e instituições”.

No Norte de Minas, por exemplo, os povos e comunidades tradicionais estão representados em apanhadores de flores sempre-vivas, caatingueiros, ciganos, extrativistas, geraizeiros, indígenas, pescadores artesanais, povos e comunidades de terreiros, quilombolas, ribeirinhos, vazanteiros e veredeiros.

Nas outras representatividades tradicionais estão andirobeiras, caiçaras, castanheiras, catadoras de mangaba, cipozeiros, faxinalenses, fundo e fecho de pasto, ilhéus, isqueiros, morroquinos, pantaneiros, piaçaveiros, pomeranos, quebradeiras de coco babaçu, retireiros, seringueiros e a juventude de povos e comunidades tradicionais.

LEI DE INCENTIVO

A doação dos exemplares para as bibliotecas das escolas do município é financiada com recursos da Lei Aldir Blanc, por meio do edital 9/2021, da Prefeitura Municipal de Montes Claros, que contempla projetos de cunhos culturais que, até então, foram comprometidos pelos efeitos da pandemia do Novo Coronavírus.

“Esta é uma pequena apresentação dos povos e comunidades tradicionais do Brasil, que contribui com a divulgação de escritos autônomos com legados sociais em temas como literatura, educação, ciências humanas, política, direitos humanos e o meio ambiente”, relata o autor, que é doutor em Geografia e coordena o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/Unimontes).

O feedback tem sido positivo, como destaca o diretor da Escola Professora Eunice Cardoso, professor Anderson Santos. “Os alunos estavam ansiosos por este momento, já que é o primeiro grande encontro presencial no retorno das aulas. A leitura será um grande aprendizado para todos”, comentou. (Com informações da jornalista Cibele Bertholi).

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