Em destaque produção de Tino Gomes e livro de autor de Grão Mogol que baseou novela

Foram divulgadas as obras literárias indicadas para o Vestibular próprio 01/2025 da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Também foram anunciadas as obras indicadas para as provas (da primeira e segunda etapas) do Programa de Avaliação Seriada para o Acesso ao Ensino Superior (PAES), que será retomado pela instituição.

Na indicação das obras, a Unimontes valoriza os autores regionais. O Vestibular 01/2025 está marcado para o dia 17 de novembro.   As provas do PAES (primeira e segunda etapas) serão aplicadas em 8 de dezembro. Os editais para dois processos serão publicados em junho pela Comissão Técnica de Processos Seletivos (Coteps) da Unimontes.

Uma das obras indicadas é o documentário “Catopezera – Ritmos de Catopês”, de autoria do cantor e compositor montes-clarense Tino Gomes, em parceria com a cantora, percussionista e professora Danusa Menezes. O documentário é um “diálogo” com a música “Montesclareou”, de autoria de Tino Gomes, juntamente com o compositor Georgino Junior (falecido em 2018), também de Montes Claros.

Ainda para o vestibular próprio da Unimontes foram indicados os livros “O Romanceiro da Inconfidência”, de Cecília Meireles; e “Torto Arado”, de Itamar Vieira.

Para a primeira etapa do PAES foi indicada a obra “Resistir”, uma pintura sobre tela, do artista plástico Auíri Tiago, natural de Montes Claros.

Obra “Resistência”, de Auíri Tiago. Foto: divulgação.

Os candidatos ao vestibular seriado também deverão ler o livro de poemas “Ary Kayri Tama – Eu moro na cidade”, da autora indígena Márcia Wayna Kambeba. 

Outro livro indicado para a primeira etapa do PAES é “Caramuru”, de Frei Santa Rita Durães. Um dos livros recomendados para a segunda etapa do PAES/Unimontes é “Maria Dusá”, do autor Lindolfo Rocha, que nasceu em Grão Mogol (Norte de Minas) e foi radicado na Bahia.

Ainda para a segunda etapa do processo de avaliação seriada foram indicados o livro “Quincas Borba”, de Machado de Assis; e a música “Epitáfio”, escrita e cantada por Sérgio Britto, do Grupo “Titãs”.

O reitor da Unimontes, professor Wagner de Paulo Santiago, ressalta que, ao retomar o seu vestibular próprio e o PAES, a universidade também reconhece a importância da cultura do Norte de Minas, indicando obras literárias de autores regionais a serem lidas e estudadas pelos estudantes inscritos nos processos seletivos. “A Unimontes fortalece o seu compromisso com a valorização da cultura e com a difusão do conhecimento, cumprindo uma das missões da instituição”, assegura o reitor.

A presidente da Coteps, professora Jussara Maria de Carvalho Guimarães, acrescenta que na indicação das obras para os seus processos seletivos, além de incentivar os autores regionais, a instituição também valoriza a cultura dos povos originários, com a escolha do livro de poemas “Ary Kayri Tama – Eu morona cidade”, da autora indígena Márcia Wayna Kambeba.

Compositor Tino Gomes: “chancela do meu trabalho”. Foto: Youtube

O cantor e compositor Tino Gomes destacou a importância da indicação do documentário “Catopezera -Ritmos de Catopês”, diálogo com a música“ Montesclareou”, de sua autoria em parceria com o compositor Georgino Junior, para Vestibular próprio da Unimontes. “Fiquei muito emocionado e feliz com a escolha do nosso documentário para o vestibular da Unimontes, que é, hoje, uma das grandes universidades do Brasil.

Esse reconhecimento foi uma chancela do meu trabalho ao longo de 50 anos de carreira”, afirmou Tino Gomes. O documentário “Catopezera”, produção de Tino Gomes em parceria com a cantora, percussionista e professora Danusa Menezes, focaliza os ritmos dos catopês, personagens das centenárias Festas de Agosto de Montes Claros.

Tino Gomes ressalta que o documentário também representa uma homenagem ao saudoso compositor Georgino Junior (falecido em 13 de outubro de 2018), que foi seu grande parceiro na música “Montesclareou”.

A composição aborda o sincretismo religioso, a devoção, a alegria e o encanto dos catopês nas Festas de Agosto, enaltecendo o Mestre Zanza (João Pimenta dos Santos). Ele faleceu em 25 de outubro de 2021, depois de comandar os grupos de catopês, marujos e cabloclinhos (astros da manifestação folclórica) por mais de seis décadas.  

“Maria Dusá – livro baseou novela. Foto: Nelson Di Rago/TV Globo

Indicado para segunda etapa do PAES/Unimontes, o livro “Maria Dusá”, de Lindolfo Rocha, baseou a novela “Maria, Maria”, adaptada por Manoel Carlos, que foi levada ao ar pela Rede Globo em 1978, tendo como protagonista a atriz Nívea Maria. Intelectual autodidata, Lindolfo Rocha estudou inglês, francês e latim. O escritor também graduou-se em Direito.

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