Projetos têm recursos do Programa de Fixação de Jovens Doutores no Brasil.

Os impactos dos plantios de eucalipto e recomposição da biodiversidade nas áreas ocupadas pela monocultura no semiárido mineiro serão avaliados por meio de suas pesquisas coordenadas por professores da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

Os dois projetos foram aprovados no âmbito do Programa de Fixação de Jovens Doutores no Brasil, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os levantamentos vão envolver investimentos totais da ordem de R$ 330,12 mil e deverão ser desenvolvidos ao longo de dois anos.

Foto: Marcos Esdras

Foram aprovadas as propostas intituladas “Recomposição da biodiversidade e da oferta de água no semiárido mineiro: assentamentos agroextrativistas, reservas de desenvolvimento sustentável e reservas extrativistas no Alto Rio Pardo (MG)”, que tem como responsável o professor Rômulo Soares Barbosa; e “Evolução do uso da terra, dinâmica hídrica, impactos socioeconômicos e zoneamento edafoclimático da silvicultura no semiárido mineiro”, coordenada pelo professor Marcos Esdras Leite.

O professor Rômulo Soares Barbosa integra o Departamento de Política e Ciências Sociais e o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Social da Unimontes. Ele também faz parte do corpo docente do Pós-Graduação Stricto Sensu em Sociedade, Ambiente e Território (PPGSAT), implementado em parceria entre a Unimontes e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Já o professor Marcos Esdras Leite é vinculado ao Departamento de Geociências e aos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Geografia (PPPGEO) e Desenvolvimento Social (PPGD) da Universidade Estadual de Montes Claros.

Analisar a recomposição da biodiversidade e da oferta de água no Alto Rio Pardo, localizado no semiárido mineiro, em decorrência da substituição de áreas com monocultura de eucalipto por assentamentos agroextrativistas, reservas extrativistas e reservas de desenvolvimento sustentável. Este é o objetivo do projeto “Recomposição da biodiversidade e da oferta de água no semiárido mineiro: assentamentos agroextrativistas, reservas de desenvolvimento sustentável e reservas extrativistas no Alto Rio Pardo (MG)”.

O professor Rômulo Soares Barbosa explica que o diagnóstico será feito em áreas que já foram ocupadas pela monocultura de eucalipto e que, depois, foram destinadas a unidades de uso sustentável. “Com a criação dessas áreas de uso sustentável, há um processo de regeneração do Cerrado, seja por descanso, por regeneração natural, ou por manejo agroextrativista/agroecológico”,ressalta.

“A proposta é dimensionar uma série histórica de 20 anos desse processo de regeneração da vegetação nativa e da recuperação dos cursos d’água em função da própria recomposição da biodiversidade. Visa também a identificação de quais práticas agroextrativistas e agroecológicas são desenvolvidas nessas áreas de uso sustentável”, assegura o pesquisador.

A pesquisa produzirá conhecimento detalhado sobre a evolução da cobertura vegetal, dos corpos hídricos e das formas de manejo do cerrado no semiárido mineiro, na sua porção do Alto Rio Pardo. Tais informações são fundamentais para o aprimoramento da política pública de regularização fundiária com base no uso sustentável dos recursos da natureza no semiárido pelas populações locais”, relata o professor Rômulo Soares Barbosa.

A pesquisa terá investimento total de R$ 162.722.44. Serão destinados R$ 124,8 mil para a Bolsa pós-doutorado júnior para uma pesquisadora selecionada e R$ 37.992,00 para outras despesas, que incluem atividades de campo e compra de equipamentos. Com início previsto para maio de 2023, as atividades vão durar 24 meses.

Impactos da monocultura de eucalipto

Realiza uma avaliação dos impactos dos eucaliptos na região semiárida. Este é o principal objetivo da pesquisa “Evolução do uso da terra, dinâmica hídrica, impactos socioeconômicos e zoneamento edafoclimático da silvicultura no Semiárido Mineiro”.

“Será um estudo prático com uso de dados coletados em campo e por meio de imagens de satélite”, explica o professor Marcos Esdras Leite.

O projeto terá um investimento de R$ 45 mil por parte da Fapemig/CNPq, além de uma bolsa de pós-doutorado no valor de R$ 5,1 mil mensais (total de R$ 122,4 mil) durante os dois anos de estudo. As atividades serão processadas no Laboratório de Geoprocessamento da Unimontes.

Conheça o Programa Jovens Doutores

Implementado a partir de parceria entre a Fapemig e o Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Programa Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil tem por objetivo criar condições favoráveis para que jovens doutores possam prosseguir com suas atividades de pesquisa junto a grupos e redes. A finalidade é apoiar projetos de pesquisa visando contribuir significativamente para o desenvolvimento científico, tecnológico e de Inovação do estado de Minas Gerais. Espera-se, dessa forma, induzir a inclusão de jovens doutores em equipes de pesquisa por meio da concessão de bolsas e auxílio à pesquisa. (fonte: Fapemig)

Relacionadas

Unimontes realiza IV Encontro Norte Mineiro de Serviço Social em Montes Claros
Hospital Universitário da Unimontes recebe novo projeto de paisagismo
Docente da Unimontes é homenageada como “ Profissional Professora Destaque da Região Norte de Minas pelo CRA – MG
Unimontes terá preenchimento de vagas em seus cursos para pessoas com mais de 60 anos
Professores e servidores da Unimontes foram agraciados com a Medalha da inconfidência em Ouro Preto
Unimontes participa da inauguração do Centro Cooperativo Heli Penido em Montes Claros