Inspirado na Igreja do Morrinho, espetáculo será exibido em seis episódios por dia, a partir do dia 22/03 na Web Rádio NaMorada dos Montes

Imagine um protesto de santos e de santas para que o templo, onde moram, não desmorone, seja recuperado e continue sendo um dos principais símbolos da cidade. O enredo que mescla história com ficção será contado a partir desta terça-feira (22/3) pela Oitava Cia de Teatro, composta por quatro egressos, três estudantes e uma professora do Curso de Artes/Teatro, da Universidade Estadual de Montes Claros, com a peça “Santo em Casa faz Milagre!?” – dramaturgia inédita, autoral e colaborativa instigada – dirigida pela professora Mírian Walderez.

A peça foi escrita de forma coletiva e partiu da cena improvisada (a partir de variados estímulos) para o registro da literatura dramática. O processo de experimentação, escrita e montagem para o espetáculo aconteceu em 2019 nas disciplinas “Laboratório Teatral – Projeto e Montagem I e II”. Até então, a obra era concebida para espaços abertos e alternativos. Em 2020, quando a turma que seguia a construção da peça já cursava o 8º período, optou-se em adaptar a forma dramatúrgica por causa da pandemia da COVID-19, e, assim, evitando as aglomerações.

Agora em março, o espetáculo será apresentado no formato de áudio, como um Teatro Radiofônico, Rádio Teatro ou Peça Radiofônica, uma espécie de resgate das “Radionovelas” que marcaram época no Brasil na primeira metade do Século XX.

EXIBIÇÃO

A transmissão será dividida em seis episódios, sendo um por dia. A primeira apresentação será nesta terça-feira (22/3), às 18h, pela Rádio NaMorada dos Montes. A emissora online é coordenada pela Associação do Bairro Morada do Parque, que é parceira da iniciativa. O acesso será pelo site: www.radionamoradadosmontes.com.br. Os demais episódios serão nos dias subsequentes, sempre às 18h.

No ano passado, com a concepção para este novo formato, a peça teve a oportunidade de pleitear e ser contemplada com recursos da Lei Cultural Aldir Blanc, de apoio aos artistas durante a pandemia, para custear a produção das gravações da peça. Os encontros para ensaios foram por Google Meet e, mais adiante, aconteceram as gravações online e presenciais, seguindo os protocolos de segurança contra a COVID-19. Em seguida, a edição, com fonogramas e efeitos sonoros. As oficinas de Rádio Teatro, do Projeto de Extensão “Teatro Universitário – TU”, realizadas ao final do ano passado e neste ano, serviram como encontros para adaptação, gravação, escuta e readequação.

SAIBA MAIS

O enredo apresenta ao público um misto de protesto com ousadia das santas e dos santos que habitam a Capela do Nosso Senhor do Bonfim, que é popularmente conhecida como a “Igrejinha do Morrinho”, construção centenária datada de 1886 e que se localiza no Bairro de mesmo nome, numa das partes altas de Montes Claros.

Com o primeiro nome de Capela de Santa Cruz, o templo foi construído como promessa da moradora Germana Maria de Olinda pela recuperação da saúde de sua filha. Nos dias atuais, ela precisa passar por uma ampla reforma de recuperação dos altares e estruturas em estilo colonial. É justamente para esta salvação da “casa” que os santos na peça se mobilizam para arrecadar fundos e custear a reforma.

Conforme a sinopse apresentada pela organização, a partir do conselho de São Genésio (padroeiro das Artes Cênicas) na “Assembleia de Santos”, surge a ideia de produzirem e venderem um espetáculo de Teatro focado na reconstrução da igreja e na história da dedicação de Germana.

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REGISTROS – A professora Mirian Walderez explica que o argumento cênico considerou registros históricos, detalhes da memória oral, fatos e situações atuais, e, também a ficção entorno da construção da Capela. “Utilizamos diversos materiais motivadores como textos, canções, objetos, fotografias, pesquisa bibliográfica, entrevista e experiências em locais, que culminou com a criação dramatúrgica”, explica a diretora.

Após a exibição dos seis episódios diários, entre 22 e 27 de março/22, a peça será lançada em formato de podcasts, e exibida na Rádio Unimontes 101,1 FM, bem como qualquer outra rádio que tenha interesse pelo trabalho. Mais adiante, em julho, integrará a programação do Festival de Inverno de Grão Mogol, organizado pela Unimontes naquela cidade. Outras promoções culturais também já são estudadas pela companhia.

“Se não fosse a pandemia”, explica Mirian, “a montagem do espetáculo seria encenada em espaço aberto na praça da própria Igreja do Morrinho”. Mas, com a nova adaptação ao formato do rádio, “convidamos o público para outra interação: imaginar como seriam estes elementos visuais da cena. Vamos Ouvir imagens”, finaliza.

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