Combustíveis, aves, hortifrutis e até a cerveja contribuíram com o índice do mês anterior, mesmo com a queda no percentual em relação a agosto

Impulsionada mais uma vez pelo reajuste dos combustíveis e pelo aumento nos preços de oito itens considerados essenciais para a cesta básica, a inflação de setembro chegou a 0,99% em Montes Claros, segundo os cálculos do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Universidade Estadual de Montes Claros.

Entre as carnes, o preço das aves foi o de maior alta no mês passado

Os números foram divulgados nesta semana, pelo Departamento de Economia da Unimontes, responsável pelo projeto do IPC. Mesmo que pareça irrisório, pela primeira vez neste semestre a inflação na maior cidade do Norte de Minas ficou abaixo de 1%. Em julho, o índice foi de 1,18%, enquanto agosto registrou 1,20%.

Outro peso considerável no mês anterior foi uma espécie de conseqüência do custo dos cereais, base para a produção das rações de aves, por exemplo. Com isso, pesou ainda mais no bolso no consumidor a compra da carne de frango, que sofreu um reajuste de 5,74%. A substituição no cardápio passou a ser parte como miúdos e vísceras, que tiveram leve queda no preço do quilo ( – 1,49%).

Os momentos de lazer também ficaram mais caros em setembro, na chamada alimentação fora da residência. Houve o aumento do preço da cerveja, em 8,47%, pizza (6,2%) e bebidas destiladas (5,21%).

RELATÓRIO IPC/SETEMBRO (PDF)

“SACOLÃO” – Custo mais caro também entre os hortifrutigranjeiros, mais uma vez influenciados pelos efeitos climáticos da baixa estiagem e pelo reajuste do etanol (4,8%), gasolina (2,61%) e óleo diesel (1,24%), que incide no custo de logística dos fretes entre os centros distribuidores e a região do Norte de Minas. Dos produtos entre os mais preferidos pelos montes-clarenses, os “vilões” em setembro foram o chuchu (61,34%), mamão (24,79%), banana prata (14,77%), limão (10,85%), abacaxi (10,4%), tangerina (10,02%) e tomate (9,9%).

Custo logístico e período de estiagem manteve a alta dos preços dos hortifrutis em setembro (imagem pública)

Coordenadora do IPC/Unimontes, a professora Vânia Vilas Boas lembra que a pesquisa é feita com base nos hábitos de consumo de produtos, bens e serviços das famílias com renda entre 1 e 6 salários mínimos. Mensalmente, são consultados 400 estabelecimentos – inclusive no período mais crítico da pandemia, com a apuração remota dos dados.

CESTA

O grupo alimentação é o de maior peso na composição do orçamento doméstico e, por isso, a grande influência para o resultado final do índice da inflação. Em setembro, dos 13 itens que compõem a cesta básica, oito deles tiveram alta ao longo do mês, com destaque para o açúcar (10,97%), tomate (9,78%), batata (4%), café (2,69%), feijão (1,78%), óleo de soja (1,59%), margarina (1,58%) e leite (1,32%).

Apenas dois produtos da cesta básica mantiveram os preços instáveis de um mês para outro (farinha de mandioca e pão de sal) e outros dois apresentaram queda no custo (banana caturra, com – 2,2% e arroz, com – 0,13%). A cesta básica é calculada sobre a análise de um trabalhador adulto, considerando a média familiar brasileira de quatro pessoas.

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