Alunos da Unimontes com os diversos níveis do espectro autista seguem com apoio do Núcleo nas atividades, mesmo no período de quarentena

A Universidade Estadual de Montes Claros está engajada no trabalho de conscientização sobre o autismo, reforçado pelas ações do Núcleo de Sociedade Inclusiva (NUSI), vinculado à Pró-Reitoria de Ensino (PRE), e de projetos como o Santea, de práticas extensionistas no apoio aos portadores do espectro autista e a seus familiares. Nesta quinta-feira (2/4), se comemora o Dia Mundial do Autismo e, mesmo na atual situação de isolamento social por causa dos riscos de contágio do Novo Coronavírus (Covid-19), o compromisso do NUSI continua para conscientizar e buscar respeito aos autistas. Atualmente, cerca de 70 milhões de pessoas convivem com este tipo de transtorno em todo mundo.

A comemoração da data acontece desde 2007, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para alertar as sociedades e governantes sobre o transtorno: uma forma de derrubar preconceitos e de esclarecimento universal. Atualmente, a Unimontes possui cinco alunos regularmente matriculados que apresentam níveis de autismo.

“O Autismo não é uma doença. É um transtorno do neurodesenvolvimento com sintomas como fobias, agressividade, dificuldades de aprendizagem e de relacionamento, por exemplo”, explica a coordenadora do NUSI/Unimontes, professora Silvana Diamantino França. Ela reforça que o autismo deve ser visto individualmente: “Existem níveis diferentes de autismo. Há pessoas que mesmo apresentando um quadro de transtorno não têm identificado o atraso mental”.

O NUSI oferece o Atendimento Educacional Especializado aos acadêmicos que têm o autismo e se ingressaram na Universidade pelo sistema de reserva de vagas (categoria de pessoas com deficiência). A iniciativa faz parte da política de acessibilidade da Unimontes prevista no atual Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). O atendimento funciona no contraturno das atividades presenciais dos respectivos cursos.

SEM ISOLAMENTO

Neste período de quarentena pela Covid-19, o trabalho do NUSI continua neste sentido. “Estamos disponibilizando o atendimento via e-mail e com outras formas remotas com tecnologias assistivas como, por exemplo, a adaptação de material para estudos”, acrescenta a professora Silvana Diamantino, ao reforçar que as demandas são apresentadas, ainda, pelos alunos por redes sociais e aplicativos, como o WhatsApp, especialmente em momentos de reabilitação, mas também de dificuldade em relação ao isolamento social.

A equipe do NUSI conta com oito professores da Unimontes, entre psicopedagogos, psicólogos e especialistas em Psiquiatria. Já o projeto Santea, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão, é coordenado pela professora Marise Fagundes, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS).

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