Dois microscópios e três lupas de alto desempenho acabam de ser instalados no Laboratório de Microscopia, do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Uso dos Recursos Naturais (PPG-BURN), da Universidade Estadual de Montes Claros. Os novos equipamentos dinamizam de forma significativa as pesquisas e estudos científicos da equipe do mestrado na área. Os recursos para o projeto, da ordem de R$ 500 mil, foram obtidos pelo PPG-BURN junto à Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), do Ministério da Ciência e Tecnologia e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), da Sedectes.
“Com a aquisição, tanto as pesquisas das áreas de Biodiversidade quanto de Biotecnologia irão gerar artigos com muito mais qualidade tecnológica com uso de técnicas, que até então, não eram possíveis com os equipamentos convencionais. Assim, ampliamos nosso alcance cientifico com mais impacto e penetrabilidade, o que resultará também em mais reconhecimento das nossas pesquisas”, afirmou o professor Paulo Henrique Costa Corgosinho, doutor em Zoologia, pesquisador visitante do BURN/Unimontes e autor do projeto.
Os aparelhos já estão montados no laboratório de Microscopia, que funciona no campus-sede da Unimontes. Os novos equipamentos se apresentam como um ganho enriquecedor para os estudos como Deanatomia Comparada, Histologia, bem como a detecção de regiões de expressão do DNA em embriões, larvas de insetos e microorganismos.
Dos equipamentos adquiridos dois são de extrema qualidade na área de microscopia óptica: a lupa e o microscópio totalmente automatizados que permitem um escaneamento do material a ser estudado e a geração de imagem em alta resolução. O microscópio, por exemplo, possibilitará o uso de marcadores moleculares fluorescentes, que facilitarão os estudos de Biologia do Desenvolvimento, Genética Evolutiva, estudos de identificação de espécies de fungos e bactérias, dentre outros, com muito mais nitidez e excelência.
CAPTURA AVANÇADA DE IMAGENS
O novo microscópio óptico apresenta diversas vantagens em relação aos equipamentos convencionais. A união entre automatização, alta qualidade óptica, filtros especiais para diferentes comprimentos de onda de luz, câmara de alta resolução e software de ponta permitem a produção de imagens com maior profundidade de campo e resolução, além da ampliação da imagem do objeto que será estudado (incluindo diferentes tecidos e células) em um fator superior a 1000 vezes o tamanho do objeto visto ao olho nu.
“As imagens registradas pela lupa e pelo microscópio revelam uma maior nitidez e precisão de detalhes da morfologia do mosquito Toxorhynchites theobaldique, que, até então, não havia sido registrado na região do semiárido. A larva desse mosquito é uma voraz predadora natural que captura e consome as larvas de mosquitos vetores de doenças como a febre amarela e a dengue” acrescentou o pesquisador.
