Anúncio foi feito durante visita do presidente da fundação à Universidade

A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) vai implantar o Centro de Excelência do Semiárido, que será viabilizado com recursos da ordem de R$ 20 milhões, a serem liberados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Entre outras metas, a unidade vai realizar pesquisas voltadas para o combate aos impactos das mudanças climáticas.

Foto: Neto Macedo/Ascom Unimontes

A parceria e as ações efetivas para a criação do centro de estudos de excelência foram definidas quinta-feira (21/03), durante a visita do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), professor Carlos Alberto Arruda de Oliveira, à Universidade.

O presidente da Fapemig foi recebido pelo reitor, professor Wagner de Paulo Santiago, em reunião na Sala dos Conselhos (prédio da reitoria), que contou com a participação do vice-reitor, professor Dalton Caldeira Rocha, pró-reitores e outros integrantes da gestão superior, coordenadores de programas de pós-graduação, pesquisadores e professores.

O reitor Wagner de Paulo Santiago deu boas-vindas ao professor Carlos Alberto Arruda, a quem agradeceu pela visita e pelo apoio aos pleitos da Unimontes e dos seus professores e pesquisadores. Ele destacou a importância da Fapemig como órgão de fomento no apoio ao avanço da pesquisa, da pós-graduação e da inovação na Universidade Estadual de Montes Claros.

O professor Wagner Santiago lembrou que as grandes universidades do mundo investem na investigação científica e tecnológica e na inovação buscando parcerias com o setor produtivo. “A Unimontes precisa seguir esse caminho”.

A pró-reitora de pesquisa, Maria das Dores Magalhães Veloso e o pró-reitor de pós-graudação, Marlon Pereira.

Foram apresentados os programas de pós-graduação stricto Sensu (mestrados e doutorados) e dos avanços na pesquisa da Unimontes pelo pró-reitores de Pesquisa, professora Maria das Dores Magalhães Veloso, de Pós-Graduação, professor Marlon Cristian Toledo Pereira). A Unimontes mantém, atualmente, com 19 programas de pós-graduação Stricto sensu (19 mestrados e seis doutorados próprios). Com 923 alunos na pós-graduaçao Stricto sensu e 400 alunos nos cursos de pós-graduaçao Lato sensu.

A Universidade totaliza 262 projetos de pesquisa em andamento e 57 grupos de pesquisa. Atualmente, a instituição conta com cerca de 500 pesquisadores, informou o pró-reitor Marlon Cristian. Ainda durante o encontro, houve abordagem sobre os projetos de pesquisa implementados pelos os coordenadores de programas de pós-graduação e pelos próprios pesquisadores

O prof. Carlos Alberto Arruda posa ao lado de equipamento financiado pela Fapemig. Foto: Neto Macedo/Ascom Unimontes

Centro de Excelência vai ser implementado em cinco anos

O presidente da Fapemig destacou que a proposta da instituição é financiar e apoiar projetos de pesquisa e inovação que tenham trazer soluções para a sociedade. Nessa perspectiva, anunciou o professor Carlos Alberto Arruda, será criado o Centro de Excelência do Semiárido na Universidade Estadual de Montes Claros com financiamento da fundação.

Ele destacou que a nova entidade de estudos da Unimontes será o primeiro centro de excelência a ser implantado em Minas Gerais com os recursos da Fapemig. Informou que a Fundação de Amparo à Pesquisa vai assinar um convênio com a Unimontes, prevendo a liberação de R$ 20 milhões para a instalação e desenvolvimento das atividades do Centro de Excelência do Semiárido ao longo de cinco anos, podendo ser renovado por mais cinco anos. Será constituído um conselho para acompanhar as atividades da unidade de estudos.

“A nossa intenção é apoiar e reunir professores e pesquisadores especialistas para desenvolver projetos de pesquisas e estudos, envolvendo várias áreas do conhecimento. O objetivo é que tenhamos uma capacidade diferenciada de geração de conhecimento com o potencial de aplicação e o desenvolvimento de produtos, processos e startups”, assegurou o presidente da Fapemig.

Carlos Arruda salientou que o Centro de Excelência do Semiárido vai realizar pesquisas voltadas para o combate aos efeitos das mudanças climáticas. “Não temos dúvidas de que o conhecimento a ser produzido interessa a todos, pois, o mundo está preocupado com a desertificação e com os impactos da mudanças climáticas”, afirmou o presidente da Fapemig. Ele alertou também que pesquisas apontam para a expansão das áreas semiáridas, existindo também preocupação com a necessidade de estudos para amenizar a crise energética.

Aposta no potencial da Unimontes

O pró-reitor de Pós-Graduação da Unimontes, professor Marlon Cristian Toledo Pereira, destacou que a liberação de recursos pela Fapemig para a instalação do Centro de Excelência do Semiárido representa o reconhecimento à competência da instituição e do seu corpo de pesquisadores e professores. “Trata-se de uma demonstração de aposta no potencial da Unimontes e dos seus professores e pesquisadores para atender as demandas de pesquisas para soluções voltadas para o semiárido”, avalia o pró-reitor.

“Serão desenvolvidas pelo Centro de Excelência do Semiárido pesquisas e tecnologias voltadas para atender as demandas do semiárido nas diversas áreas, da agricultura, saúde, biodiversidade, inovação, desenvolvimento econômico e social e, principalmente, na biotecnologia”, anuncia o professor Marlon Cristian Toledo Pereira.

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