Mesmo com a pandemia coronavirus, instituição mantém ações em prol do desenvolvimento e da qualidade de vida

A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) completa, neste domingo (24/5),  58  anos de desenvolvimento do ensino superior no Norte de Minas. A instituição resulta da transformação da Fundação Norte Mineira de Ensino Superior (FUNM) –, criada por meio da Lei Estadual 2.615, assinada em 24 de maio de 1962.

A antiga FUNM foi transformada na atual Unimontes por intermédio da Constituição Mineira promulgada em 21 de setembro de 1989. Em 10 de março deste ano, foram completados 30 anos da publicação do decreto estadual 30.971, que efetivou a estadualização da universidade.

“Passamos por um momento difícil e atípico, diante da pandemia do coronavírus. Mesmo assim, não podemos deixar de comemorar o aniversário desta instituição. Comemoramos não só o momento atual, mas os efeitos da Universidade ao longo de quase seis décadas. A Unimontes é dona de uma grande história, construída por muitas pessoas, entre professores, servidores técnico-administrativos, acadêmicos e egressos. Aproveitamos esse momento para homenagear todos os nossos benfeitores”, afirma o reitor da Unimontes, professor Antonio Alvimar Souza.

O reitor lembra que, mesmo com a suspensão das atividades presenciais, em cumprimento às medidas preventivas contra a transmissão do Novo Coronavírus, a Universidade dá sequência às ações de ensino, pesquisa e extensão. Ao mesmo tempo, a Instituição atua diretamente no enfrentamento da Covid-19, por intermédio do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF).

“Nossa disposição é a de que possamos ter uma universidade em constante diálogo com a comunidade ao seu redor, com o foco na melhoria da qualidade de vida das pessoas,  destaca o professor Antonio Alvimar Souza. “A partir da parceria e da soma de esforços que vamos superar as diversidades como as do enfrentamento da pandemia do Novo Coronavírus”, completa.

Ao completar 58 anos desenvolvimento do ensino superior, a Unimontes apresenta uma série de ações e resultados positivos, mostrando as suas potencialidades como impulsionadora do desenvolvimento regional.

Destaques no ensino, pesquisa e extensão

A instituição já graduou 56.535 profissionais nas mais diversas áreas do conhecimento, de dezembro a 1969 a dezembro de 2019. Atualmente, além do campus-sede, conta com 12 campi nas regiões Norte e Noroeste de Minas e no Vale do Jequitinhonha. O ensino a distância também ganha impulso.

A Unimontes soma 12.531 alunos matriculados nos cursos de graduação regulares (8.782), graduação a distância (664), técnico-profissionalizantes (1.110), pós-graduação lato sendo a distância (1.236) e pós-graduação lato sensu e stricto sensu –presenciais (1.096). 

São oferecidos 22 cursos de pós-graduação stricto sensu próprios (18 mestrados e quatro doutorados) – recomendados pela Capes/MEC, 57 cursos de graduação presenciais e sete cursos de graduação a distância.

A pesquisa é incrementada com 249 projetos em andamento, 30 grupos de pesquisa constituídos e 120 linhas de pesquisa. Durante o ano de 2019, foram investidos R$ 1,56 milhão em projetos de investigação científica na instituição.

A extensão universitária é priorizada, com inserção na comunidade e atividades voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população. Em 2019, foram atendidas  501.783 pessoas em 159  programas e projetos e 3311 ações extensionistas. Por meio da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), da Unimontes atendeu 254.311 em sua área de abrangência. Com isso, chega-se ao total de 756.094 atendidos pela instituição durante o ano.

Atendimentos do Hospital Universitário

A Unimontes se destaca na prestação de serviços de saúde à população, por intermédio do Hospital Universitário Clemente de Faria, cujo atendimento é gratuito, 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), contando com 151 leitos. Em 2019, o HUCF totalizou mais 572.901 procedimentos médico-hospitalares realizados, incluindo 246.592 exames de apoio/diagnóstico, 6.614 internações, 54.799 atendimentos pelo Centro de Especialidades Tancredo Neves (CAETAN) e 97.936 atendimentos pelo Centro de Atenção ao Idoso/Mais Vida.

Enfrentamento da Covid-19

Hospital Universitário Clemente de Faria é, atualmente, um dos hospitais públicos mais bem equipados de Minas Gerais. Por conta de sua estrutura e corpo clínico, o HUCF foi classificado como referência no atendimento aos casos graves da Covid-19. A unidade dispõe de 82 respiradores pulmonares na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em diversos outros setores e clínicas.

Em outra ação de destaque no enfrentamento da pandemia, o  Laboratório de Pesquisa em Saúde do HUCF  foi credenciado pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) para a realização de testes de diagnóstico do Novo Coronavírus. O credenciamento foi efetivado, após encaminhamento de proposta pela “Frente Universitária contra a Covid-19”, formada por professores e pesquisadores voluntários, vinculados aos Programas de Pós-Graduação (mestrado e doutorado) em Ciências da Saúde e em Biotecnologia da Unimontes.

Está sendo aguardada a chegada dos insumos e reagentes, adquiridos a partir de doações e parcerias, para o início dos testes do Novo Coronavírus. O laboratório do Hospital Universitário terá capacidade para a realização de 100 testes da Covid-19 por dia, com os resultados devendo ser liberados em um prazo de 24 horas.

Histórico da Universidade

Por meio da Lei Estadual nº 2.615, de 24 de maio de 1962, foi criada a Fundação Norte Mineira de Ensino Superior (FUNM). Em 1963, surgiu a primeira unidade de ensino superior do Norte de Minas, a então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (Fafil), tendo como mantenedora a Fundação Educacional Luiz de Paula (Felp). Em 13 de abril de 1963, foram iniciadas atividades dos cursos de Geografia, História, Letras e Pedagogia nas instalações do Colégio Imaculada Conceição.

Em 1965, os cursos foram transferidos para o Casarão da Fafil, atual sede do Museu Regional do Norte de Minas (MRNM). A primeira unidade de ensino superior da FUNM, a Faculdade de Direito (Fadir), foi implantada em 1965. Em 1966, a Fafil desligou-se da Felp e passou a integrar a FUNM.

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Depois, foram criadas unidades da FUNM: a Faculdade de Medicina (Famed) em 1969; a Faculdade de Administração e Finanças (Fadec), com os cursos de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas, em 1972; e a Faculdade de Educação Artística (Faceart), em 1987.

Pela Constituição Estadual de 1989, a FUNM foi transformada na Universidade Estadual de Montes Claros, instituída pelo Decreto Estadual nº 30.971, de 10/3/1990.

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