Gestão formalizou o agradecimento aos diversos setores do hospital; em março, servidores conviveram com o aumento de casos quase duas vezes maior que a média mensal
O trabalho realizado pelo Hospital Universitário Clemente de Faria, especialmente em tempos de Covid-19, foi tema de dois encontros virtuais realizados pela Unimontes na manhã desta quarta-feira (28/4). O reitor Antonio Alvimar Souza e a vice-reitora Ilva Ruas de Abreu conversaram com diretores, profissionais de saúde, servidores administrativos e de apoio do HUCF.
Na oportunidade, reforçaram o compromisso de toda equipe para minimizar os efeitos da pandemia no Hospital-Escola da Unimontes, especialmente na data em que se comemora o Dia Mundial da Saúde e Segurança no Trabalho e Dia Mundial da Educação. “O sentimento é de gratidão pela maneira como cada um que faz parte do Hospital Universitário tem se empenhado para ajudar a amenizar os impactos da pandemia na vida de muitas pessoas”, adiantou a vice-reitora Ilva Ruas.
“O reconhecimento tem que ser permanente. O momento traz para todos nós inúmeros desafios, que nos pedem uma boa vontade, esforço, dedicação e a criatividade mais aguçados do que o normal. Um pouco mais de cada um e temos conseguido isto. Como gestão e também dispostos a acolher todos os colegas servidores, estamos cada dia mais admirados com a generosidade, a superação e a disposição de trabalhar em prol do HUCF”, completou o professor Antonio Alvimar.
MENOR TAXA DE LETALIDADE
As palavras dos gestores são reforçadas pela informação repassada pelos gestores do HUCF durante a reunião. Com base na pauta da reunião realizada recentemente entre a Superintendência Regional e a Secretaria Municipal de Saúde com os representantes da rede de assistência em saúde, Montes Claros aparece como o sétimo município com população acima de 100 mil habitantes no País com a menor letalidade em relação à Covid-19. E o Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF/Unimontes) é, entre as unidades de saúde do município, a de menor taxa de letalidade. Os números serão divulgados em breve pela SRS e SMS, com base em consultoria da Macroplan para a Revista Exame.
“Um hospital é um espaço de acolhida, local de sensibilidade para receber as pessoas quando têm os seus flagelos. Quase toda estrutura do HUCF conta com equipamentos dos mais modernos, cuja eficiência só se faz jus por causa das competências de cada servidor e de cada servidora. Ainda assim, precisamos reforçar nossas estruturas interiores, cuidar da saúde mental e tornarmos ainda mais capazes de lidar com as situações do dia a dia”, acrescentou o reitor.
SUPERAÇÕES – A superintendente Príscilla Izabella Barros de Menezes fez um agradecimento em nome da equipe do HUCF. Enalteceu o empenho e esforço dos servidores e de todos os setores para manter o padrão de atendimento prestado aos usuários do SUS, mesmo diante de adversidades. Em março, por exemplo, a média mensal de atendimentos de casos de Covid-19 no Hospital da Unimontes saltou de 180 para 488 pacientes. E mais recentemente, houve também o desabastecimento de insumos, o que provocou uma força-tarefa da Reitoria, Superintendência e Diretorias do HUCF junto aos parlamentares, representantes do governo municipal e estadual na busca por uma solução.
“Todos se doaram bastante até aqui para atingirmos esta qualidade na prestação de serviços, mesmo no maior pico registrado na pandemia até então. Isso refletiu no trabalho de cada setor para que não faltasse nada aos nossos usuários. Os números são impactantes, mas precisamos ficar atentos ao que ainda estar por vir. Embora o atual cenário seja de eventualidade, a pandemia revela que o nosso trabalho faz também a diferença justamente porque buscamos uma preparação cada vez melhor”, acrescentou.
Servidora da Unimontes há 33 anos, sendo 18 anos de dedicação ao HUCF, Gildete Marques Soares agradeceu o trabalho da Universidade em considerar essencial a imunização dos servidores. “Agradeço o esforço da reitoria e da gestão do HUCF na conquista das vacinas para todos os servidores. Podemos ficar mais tranquilos e continuar as nossas atividades, mas sem deixar os cuidados essenciais de lado”.
“Estamos conseguindo ir além da nossa moral minimalista. Vivemos um dia por vez, preocupados com a logística, proteção, vigilância e com os cuidados de todos os profissionais. Isso reflete justamente na qualidade do atendimento prestado e no reconhecimento para ter o apoio necessário e conseguir superar conflitos pertinentes ao momento, como as limitações de estoques, insumos e de equipamentos quando a demanda chegou acima de nossas capacidades”, concluiu o reitor. Ele finalizou a videoconferência com palavras de conforto a todos aqueles que perderam parentes e amigos nesta pandemia.