Uma festa marcada por sorrisos e superações. Assim foi o encontro de 20 mulheres que são assistidas pelo projeto de extensão “Vida”, da Universidade Estadual de Montes Claros, para comemorar a véspera do Carnaval. Além da convivência em atividades de cultura, lazer, esportes e de valorização da autoestima, elas têm em comum o tratamento – em diferentes estágios – do câncer de mama.

A ação realizada nessa quinta-feira (20/2), no Laboratório do Exercício do campus-sede, recebeu o nome de “Sambando no [projeto] Vida”, uma forma de fortalecer a trajetória de recuperação. A aula de dança foi ministrada por acadêmicos do curso de Educação Física Demian e Emerson, sob a coordenação da professora Claudiana Bauman, responsável pelo projeto.

“O projeto Vida é aberto à comunidade e assiste mulheres que se encontram em tratamento do câncer de mama, com a missão de melhorar o condicionamento físico, flexibilidade, coordenação e equilíbrio. É uma forma de colaborar com o enfrentamento, tratamento e controle da doença”, explica a coordenadora. O grupo conta também com grupos operativos de apoio psicológico e nutricional, espiritualidade, visitas domiciliares, passeios e muito companheirismo.

A iniciativa foi implantada há 15 anos. Desde maio de 2005, recebeu aproximadamente 300 mulheres que puderam conciliar o tratamento oncológico com uma série de ações. As atividades físicas, culturais e de saúde ocorrem às terças e quintas-feiras, pela manhã, de 8h30 às 9h30, no Laboratório do Exercício (Academia) e a participação é integralmente gratuita.

As interessadas devem apresentar atestado médico de liberação para a prática de exercícios físicos, cópia do comprovante de residência e da carteira de identidade (RG).

Atividade física durante o tratamento

O câncer de mama é a neoplasia maligna mais comum em mulheres (após o câncer de pele não-melanoma), representando um quarto dos tipos de câncer que atingem o sexo feminino. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou quase 60 mil novos casos de câncer de mama para 2020, especialmente na população acima de 50 anos.

Diversos estudos demonstraram que a prática da atividade física durante o tratamento, associa-se a uma melhor resposta ao mesmo, promovendo melhor convívio com os efeitos adversos, além da manutenção da forma física. Também evita a perda de massa muscular e o ganho de tecido adiposo, reduzindo fadiga e deterioração da qualidade de vida.

“A atividade física, em qualquer nível, no pós-diagnóstico, é capaz de reduzir a mortalidade nas pacientes com câncer de mama em aproximadamente 30%, especialmente nas mulheres acima de 50 anos. Quanto à recidiva, a atividade física regular de intensidade moderada à vigorosa também tem apresentado benefícios”, destaca a coordenadora Claudiana. Ela ressalta a importância da orientação de um profissional especializado da área da Educação Física.

Para a segurança de cada participante, são respeitadas as particularidades de acordo com o tipo de tumor, o estágio da doença e as características da pessoa.

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