A microrregião do Portal do Norte é o ponto de partida para as ações do projeto “Museu Vivo: Patrimônio, Cultura e História do Norte de Minas”, da Universidade Estadual de Montes Claros, com o objetivo de desenvolver pesquisas e ampliar o acervo do Museu Regional do Norte de Minas. A proposta é de atualizar o banco de dados e de imagens do MRNM a partir de visitas a 93 municípios norte-mineiros. Nas primeiras viagens, foram contempladas as cidades de Bocaiúva, Engenheiro Navarro, Francisco Dumont e Olhos D’Água.

O projeto é financiado pela Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), com recursos da ordem de R$ 150 mil – e serão aplicados, também, na modernização do espaço multimídia.

“A visita in loco é de suma importância para coletar fontes e manter o contato direto com os municípios que terão sua história, cultura e patrimônio expostos não apenas para o Norte de Minas, mas para o Brasil e o Mundo, por meio da Sala de Multimídia do Museu Regional do Norte de Minas”, resume a coordenadora do projeto, professora e historiadora Maria Clarice Rodrigues de Souza.

“O projeto vai permitir que o patrimônio cultural da região seja adotado como recurso educacional e de inclusão social no ambiente do Museu”, acrescenta.

Minerais BOCEm resumo, a equipe do Museu Regional do Norte de Minas considerou de suma importância as informações apuradas nos quatro primeiros municípios visitados, em especial, o meio ambiente característico em Francisco Dumont – associado à preservação do patrimônio natural. Já em Engenheiro Navarro, destaque para as produções de arte em madeira, com o artista Dimas Almeida.

O folclore regional com as estórias sobre as supostas aparições de OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados) foi uma das atrações reveladas na visita em Olhos D’Água. E na área central de Bocaiúva, um dos pontos que despertou grande atenção foi o projeto de recuperação do prédio Antiga Estação, que atualmente abriga um museu voltado para a história da Ferrovia, do próprio município e, ainda, do vínculo mineral daquela região.

Frutas madeira

Artesão produz peças inspiradas em frutas

“É fundamental o acesso às informações por meio daqueles que já conhecem e vivenciam de fato o ambiente e a cultura local. Estarão contribuindo para o desenvolvimento da cidade”, analisa a diretora do Museu Regional, professora Marina Ribeiro Queiroz.

Maria Clarice de Souza reafirma que a parceria com as prefeituras, assim como o acesso às informações e a colaboração de todos os gestores, será imprescindível até o fechamento do roteiro de 93 municípios. “as informações coletadas ficarão disponíveis para toda a população e será o cartão de visita destas cidades junto ao Museu. Em média, vamos visitar de quatro a cinco cidades do Norte de Minas a cada mês”.

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