Participação é voluntária e respostas podem ajudar em diretrizes como a oferta de cursos para a formação continuada
Uma pesquisa busca traçar o perfil dos egressos do curso de Teatro da Universidade Estadual de Montes Claros. O trabalho é permanente e a abrangência identificada na atuação destes profissionais pode colaborar como sugestões para as próprias diretrizes da graduação e na formação acadêmica continuada. Os primeiros resultados foram divulgados neste mês e, conforme o estudo, 76,9% dos graduados em Teatro pela Unimontes atuam profissionalmente na área artística e 73,1% trabalham diretamente com atividades de ensino.
Coordenadora das atividades, a professora mestre Solange Sarmento explica que a pesquisa é por amostragem, já que a participação é voluntária. Os primeiros dados disponibilizados no último dia 3/5 referem-se às respostas coletadas entre 2019 e 2020, com 53 pessoas graduados.
Conforme a linha de tempo citada pela pesquisadora, a primeira turma em Artes Cênicas foi diplomada pela Unimontes em 1993, ainda como apêndice do então curso de Educação Artística.
Desde então, a estrutura curricular passou por modificações, com outras denominações: curso de Educação Artística com Licenciatura Plena/Artes Cênicas, curso de Artes com ênfase em Teatro, licenciatura em Artes/Teatro e, atualmente, curso de Teatro.
NÚMEROS
O resultado da pesquisa pode ser acessado pelo link: http://bit.do/teatro_egressos. Nela, dos 53 entrevistados, 48 revelaram como “ótimo (nota 5) e muito bom (nota 4)” a importância e a qualidade da Licenciatura da Universidade para a sua área de atuação.
Solange revela que as respostas sobre a área específica de atuação foram bem diversas, mas a maior parte dos egressos que atuam no universo artístico está como professores em áreas afins (18,8%), teatro e artes visuais (14,6%), ator/drag queen/figurinista (6,3%), ensino de crianças (2,1%), audiovisual (2,1%) e idiomas (2,1%). Outro dado relevante, 34,6% dos entrevistados atuam em grupos ou companhias de Teatro.
A maior parte dos egressos participantes da pesquisa segue residindo e trabalhando no Norte de Minas, área de abrangência da Unimontes: Montes Claros (20 egressos), Bocaiuva (5), Brasília de Minas (3), Pirapora (2), Januária (1), Jaíba (1), Varzelândia (1), Porteirinha (1), Ibiracatu (1) e Montalvânia (1). No entanto, chamam a atenção aqueles que estão fora do Estado: São Paulo (2), Rio de Janeiro (2), Espírito Santo (2), Bahia (1), Goiás (1) e Distrito Federal (1).
Sobre o vínculo empregatício, 66% trabalham no serviço público e 16% em empresas particulares. Outra definição: 39,2% são contratados e 33,3% são efetivos em seus trabalhos. Outros 23,5% estão como autônomos e apenas 3,9% trabalham em regime de CLT. Somente 17,3% possuem microempresa individual.
Sobre a formação contínua, 88,5% dos voluntários que participaram da pesquisa mostraram interesse em ter acesso aos cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado que possam ser oferecidos pela instituição ou outras universidades. em temáticas como direção de cena e de produção, dança, educação, cenografia, interpretação, dramaturgia, história do Teatro, expressividade, entre outras.
“Esperamos que as respostas sirvam ao curso para ações futuras e, em momento oportuno, pretendemos produzir os artigos científicos mais abrangentes a partir destes dados”, relata Solange Sarmento, ao oferecer o estudo também para outros pesquisadores que desejam fazer alguma abordagem associada.
A pesquisa continuará disponível no site, com acesso ao questionário por este link: http://bit.do/pesquisa_teatroegressos. Ela está vinculada ao projeto de Pesquisa Arquivo Digital Teatro, que envolve os Departamentos de Artes e do Departamento de História e com parceria do Núcleo de História e Cultura Regional (NUHICRE/Unimontes).
O site sobre toda a história e as atuais atividades e projetos do curso é este: https://www.teatrounimontes.com.