“Poder e resistência das mulheres na Ditadura Militar”. Este é o tema escolhido para a aula inaugural que o mestrado em História da Unimontes realizará nesta terça-feira (17/8), às 19 horas, marcando o início das atividades do segundo semestre letivo.

A convidada é a professora doutora Ana Maria Colling, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD – Mato Grosso do Sul), e uma das principais pesquisadoras do País sobre Diversidade Cultural, Gênero e Fronteiras. Ela, inclusive, faz parte da referida cátedra da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Implementado em 2011, o mestrado em História da Unimontes já titulou 112 acadêmicos e, atualmente, possui 34 alunos matriculados.

A conferência será transmitida pelo canal do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH/Unimontes), no YouTube, a partir das 19 horas. Ao lado do pesquisador Losandro Antônio Tedeschi, a professora Colling é a organizadora do “Dicionário Crítico de Gênero”, prêmio de 2016 da Associação Brasileira das Editoras Universitárias (ABEU) – categoria Ciências Humanas.

A obra conta com a participação da professora doutora Cláudia de Jesus Maia, coordenadora do PPGH e do Grupo de Pesquisa em Gênero e Violência, como autora de dois verbetes. As duas participam, também, do episódio “O longo caminho da cidadania das mulheres brasileiras”, podcast do canal “Segundas Feministas” no Spotify.

POR QUE?

A escolha do tema, conforme os organizadores, é uma forma de renovar a certeza do compromisso da História no debate da passagem histórica da Ditadura no Brasil. “Juntamente com os homens que lutavam contra a ditadura em defesa da democracia, lá estavam as mulheres, muitas vezes invisíveis nas narrativas históricas e literárias”, justificam.

A proposição da aula inaugural surge, ainda, como “uma defesa às mulheres que combatiam não somente um inimigo político mas, acima de tudo, a sociedade em todo seu corpo social que ainda entendia que o mundo público da política, era reservado somente aos homens”. O evento é visto, também, como uma reação às manifestações negacionistas dos últimos anos, tanto por parte de políticos conservadores que prestam homenagens a torturadores, como de populares que pedem à volta da repressão.

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