Era para ser apenas mais um post na vastidão do feed do Instagram e do Facebook, mas acabou se tornando um e-book pontual de 20 páginas. A jornada da publicação foi, praticamente, meteórica. Teve início entre os dias 17 e 19 de maio de 2021 e finalizado no dia 29 do mesmo mês. A autora é Ana Cláudia Silva, graduada em Letras/Português e Gestão Pública pela Unimontes, além de atuar como técnica universitária, que ocupa a função de auditora de prontuários no setor de Pediatria do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF).
Em entrevista ao Portal Unimontes, ela revela que não só se descobriu escritora, mas reencontrou um talento que é comprovado em fotos de arquivo e cadernos de poesia que guarda desde a infância. Aliás, redescoberta é o tema do e-book “Quando descobri que fui sequestrada”, disponível na versão Kindle, na Amazon, com edição gráfica de Bárbara Leony e revisão de Valquíria Moraes.
Inusitada, a capa do livro traz a foto da autora oferecendo leite a um leão numa mamadeira. “Trata-se de descoberta de identidade. Um leão não pode beber leite numa mamadeira. Da mesma forma, você não poderia estar ao lado de um animal tão perigoso. Pelo contrário, estaria correndo”, provoca.
Esse é o mote das considerações que percorrem o livro. “A reflexão nasceu de uma ponderação sobre o peso e o poder das palavras. Percebi como as palavras têm o poder de transformar e também de destruir”, revela Ana Cláudia.
Sequestro emocional
Escritora desde a infância, a egressa da Unimontes conta que, além de manter e escrever poesias em um caderno, já participou de concursos de slogans que a escola selecionava para empresas. Lembranças que foram o motor para a publicação do e-book. “A ideia é criar um movimento para ter atenção nas palavras, principalmente, com as crianças. Elas são as fontes de água viva transformadora do mundo, não excluindo nós adultos de nos transformarmos também”, afirma.
Conceito abordado na Psicologia e Sociologia, a profecia autorrealizável é um tema abordado no livro. Para a autora, “na educação, quando uma palavra é dita a um aluno ela pode trazer traumas emocionais e, ao mesmo tempo, libertação. Não nascemos Gabriela (eu nasci assim, eu cresci assim, vou morrer assim). Nós podemos provocar mudanças positivas na nossa vida. Quando encontramos nossa identidade, temos a capacidade de definir como de fato devemos ser”, pondera.
No instagram, Ana Cláudia Silva segue com as provocações e reflexões, segundo ela, “um convite à disrupção”. As inquietações não param por aí. Ela prepara um novo livro que já tem título. “A luz que me alimenta” tem previsão para ser publicado no segundo semestre de 2021.
O e-book na versão kindle está disponível na internet, no site da Amazon.