Em solenidade realizada na manhã desta terça-feira (27/12), foram assinadas as ordens de serviço para a retomada das obras em seis escolas do programa Brasil Profissionalizado nos municípios de Espinosa, Grão Mogol, Janaúba, Joaíma, Monte Azul e Taiobeiras. O ato aconteceu no Salão de Conselhos da Reitoria da Universidade Estadual de Montes Claros, no campus-sede.

A Unimontes é a responsável pela execução destas obras, que deverão se estender até 2018. No total, o Programa contempla 13 municípios de Minas Gerais e as outras sete unidades (Lagoa Santa, Ibirité, Pompéu, Unaí, Manga, Bocaiuva e Brasília de Minas) estão na fase final de construção dos prédios.

O reitor da Unimontes, professor João dos Reis Canela, assinou as ordens de serviço para três lotes: Joaíma/Taiobeiras e Grão Mogol/Janaúba, ambos por responsabilidade da empresa Alcance Engenharia e Construção; e Monte Azul/Espinosa, com a empresa Panda Engenharia. O vice-reitor Antonio Alvimar Souza participou do evento, juntamente com os deputados estaduais Gil Pereira e Paulo Guedes, atuais prefeitos, prefeitos eleitos, secretários e representantes dos respectivos municípios, pró-reitores e representantes da Gestão Superior. Os empresários Bruno Macedo (Alcance) e Leonardo Pontes (Panda) também estiveram presentes.

PASSO A PASSO

Assinatura prefeitos

Prefeitos – inclusive eleitos – participaram da solenidade, assim como deputados estaduais e representantes municipais e parlamentares

Iniciado em 2010 e orçado em R$ 96 milhões, o Programa Brasil Profissionalizado é financiado com recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), com a contrapartida do Governo Estadual. Os municípios são responsáveis pela doação e terraplenagem do terreno para a obra e estruturação da rede de esgoto, energia elétrica e acesso. As obras destas seis unidades ficaram temporariamente paralisadas, uma vez que a empresa vencedora da licitação abandonou as construções na fase inicial, em 2013.

A sequência do cumprimento do organograma de obras foi possível mediante entendimentos junto ao Governo de Minas Gerais, com investimentos da ordem de R$ 34 milhões no aumento da contrapartida estadual para a conclusão das obras a partir do orçamento da Secretaria de Estado de Educação. As negociações envolveram a então Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes).

Deste valor de contrapartida, segundo o pró-reitor de Planejamento, Gestão e Finanças da Unimontes, professor Roney Versiani Sindeaux, R$ 17 milhões já foram aplicados nas obras e outros R$ 12 milhões foram suplementados ao orçamento da Unimontes para liberação em 2017. Segundo ele, diante do tempo de paralisação, algumas destas escolas tiveram os canteiros de obras depredados.

SUSTENTAÇÃO

“Este é um momento de grande significado, foi este ato de assinatura garante a sustentação de um projeto transformador para estes municípios. Ao reconhecer o empenho do Governo de Minas e todos os seus pares na retomada das obras, salientamos, ainda, a participação importantíssima da bancada do Norte de Minas na Assembleia Legislativa, que sempre se mostrou solícita e empenhada nas causas apresentadas pela Universidade”, pontuou o professor João Canela. O reitor fez uma ressalva para o compromisso vindouro e conclamou “a sensibilidade dos gestores e legisladores para o atendimento de novas perspectivas, que consiste no aparelhamento e no suporte logístico para o funcionamento pleno das escolas após a conclusão das obras físicas”.

“Aguardamos por dois anos para a retomada das obras e acreditamos na transformação de nossa cidade a partir do funcionamento da escola”, entende o prefeito eleito de Joaíma (15 mil habitantes), Dauro Barreto Filho. Ele acredita que a cidade se tornará um polo regional no Vale do Jequitinhonha na formação de mão de obra qualificada. “A vocação regional é para a agropecuária, o que já justifica a demanda para os cursos profissionalizantes na escola”.

A ideia é compartilhada por Milton Barbosa Lima, que assumirá a prefeitura de Espinosa, Norte de Minas, em 1º de janeiro. A obra em sua cidade, no Bairro Santa Cláudia, está apenas na fundação, mas ele acredita que a retomada do projeto, a partir da assinatura da ordem de serviço, será definitiva para a conclusão da escola. “Acreditamos que, em um ano e meio, haverá condições de entregar o prédio à comunidade”, completou, ao destacar que a idéia é levar para a cidade de 32 mil habitantes a oferta dos cursos agrotécnicos e técnico em têxtil.

PERMANÊNCIA

Assinatura reitor

Reitor João dos Reis Canela durante ato de assinatura das ordens de serviço

O vice-reitor da Unimontes, professor Antonio Alvimar Souza, considerou o programa Brasil Profissionalizado determinante para a fixação dos jovens em suas cidades de origem. “Atualmente, muitos adolescentes saem de suas casas por falta de oportunidade no acesso ao ensino profissionalizante ou superior. E quando alcançam os estudos e se tornam profissionais, seguem outros caminhos e não retornam às cidades de origem. Trata-se de um grande desafio, mas o combate às precariedades sociais está na educação”, disse.

Para o deputado estadual Gil Pereira, a viabilidade da retomada das obras é fruto de uma integração propositiva e apartidária e, por isso, o trabalho deve focar-se no bem coletivo. “O Brasil Profissionalizado reforça a condição da Unimontes de grande instrumento para o desenvolvimento da região, o que já acontece desde os primórdios da FUNM”.

“Estas escolas são fundamentais para o desenvolvimento da região e devemos enaltecer a soma de esforços, desde a equipe técnica da Unimontes, das Secretarias de Educação, Desenvolvimento Econômico e de Ensino Superior, como parte do Governo do Estado, para a complementação dos recursos. Os desafios são maiores ainda e precisaremos da mesma soma de esforços para o funcionamento das estruturas dos prédios”, pontuou o deputado estadual Paulo Guedes.

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