Em parceria com o Museu Regional do Norte de Minas (MRNM), vinculado à Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), o Circuito Embaúba exibe, no dia 25 de julho, o documentário “Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá”. A iniciativa, prevista para ocorrer às 19h via Cinema Comentado Cineclube e CineMuseu, na sede do MRNM, situada na rua Coronel Celestino, 75, no Corredor Cultural Padre Dudu, centro histórico da cidade, tem direção de Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna.

Sinopse

“Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá” mostra a busca de Sueli e Maísa Maxakali pelo pai, Luis Kaiowá, de quem foram separadas durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985). As imagens acompanham a jornada da cineasta para reencontrar o pai, além das lutas enfrentadas pelos povos indígenas Tikmũ’ũn e Kaiowá em defesa de seus territórios e modos de vida.

Diretores

Sueli Maxacali é artista, cineasta, professora e liderança da Aldeia-Escola-Floresta. Possui graduação no curso de Formação Intercultural de Educadores Indígenas (FIEI) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e é doutora por Notório Saber no Programa de Pós-Graduação em Letras da UFMG. Sua produção audiovisual já recebeu prêmios dentro e fora do Brasil. Nos últimos anos participou de várias exposições, como a 34ª Bienal de São Paulo, “Faz escuro, mas eu canto” e “Moquém Surarî: arte indígena contemporânea”, ambas de 2021, realizadas no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP).

Isael Maxakali nasceu na aldeia de Água Boa e hoje vive na aldeia de Ladainha, ambas em Minas Gerais. Em 1993, casou-se com Sueli Maxakali, companheira de vida e trabalho. Na virada do século, ele assumiu a kuxex, casa dos cantos, e se tornou uma jovem liderança de seu povo. Foi indicado como professor pelas lideranças locais, aproximou-se do universo não indígena e começou a participar de atividades ligadas à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, onde se graduou no curso de Formação Intercultural para Educadores Indígenas. Movido pelo desejo de mostrar a cultura Maxakali, iniciou percurso no cinema. Hoje é um dos principais diretores indígenas em atuação no Brasil, por meio de obra constituída por filmes-rituais, documentários e animações.

O cinema de Isael é indissociável da trajetória como liderança política, professor, pesquisador, desenhista, tradutor, aprendiz de pajé e cantor, conhecedor de parte do vasto repertório mantido e recriado pelos Maxakali. Em 2020, recebeu o prêmio Carlos Reichenbach de Melhor Longa-Metragem da 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes com o filme Yãmĩyhex: as mulheres-espírito (2019), dirigido com Sueli Maxakali. Recebeu também o Prêmio PIPA online, uma das principais premiações de arte contemporânea do Brasil.

Luisa Lanna é graduada em Comunicação Social pela UFMG e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professora na Escola Livre de Artes Arena da Cultura, ela também é montadora e produtora na área de cinema. Coordenou oficinas de realização e edição em cinema junto aos povos Guarani, Kaiowá e Guajajara. ​​Montadora para o longa-metragem “Yamiyhex – As mulheres espírito” (direção: Sueli e Isael Maxakali). Integra a Associação Filmes de Quintal, onde atuou como produtora de 2015 a 2018, participando da organização e planejamento do forumdoc.bh: Festival do Filme e Documentário Etnográfico de Belo Horizonte e demais projetos da associação. 

Roberto Romero possui bacharelado em Ciências Sociais pela Univeridade Federal de Minas Gerais (UFMG). É mestre e doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de membro do Núcleo de Antropologia Simétrica (NAnSi) e do Laboratório de Etnologia e do Filme Etnográfico (LEFE). Desenvolve pesquisa entre os Tikm’n (Maxakali) desde 2010. É um dos organizadores do forumdoc.bh – festival do filme documentário e etnográfico de Belo Horizonte – fórum de antropologia e cinema. Co-dirigiu o documentário “Nuhu yãgmu yõg hãm: essa terra é nossa!” (2020, 71min) e foi assistente de direção do filme “Yãmiyhex: as mulheres-espírito” (Sueli Maxakali e Isael Maxakali, 2019). Atua nas áreas de Etnologia Indígena, Filme Etnográfico, Antropologia e Arte.Iniciativa da Embaúba Filmes, O Circuito Embaúba visa levar os lançamentos da distribuidora mineira a um circuito ampliado de exibição no país.

A exibição tem apoio da Embaúba Filmes e parceria do MRNM e da Fulô Comunicação e Cultura.

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