“Diagnóstico e Análise da Violência contra a mulher no município de Montes Claros”. Este é o nome da pesquisa desenvolvido por acadêmicos dos cursos de Enfermagem,  Serviço Social e Odontologia. Alguns pontos do trabalho foram apresentados pelas acadêmicas Franciele Fagundes Fonseca, Camila Rodrigues de Figueiredo e Juliana Pereira Alves, do 6º período do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros, que fazem parte do grupo de pesquisas.       

 

Durante um ano as acadêmicas coletaram dados junto a Polícia Civil sobre a violência contra a mulher. Essas informações que irão nortear as ações e intervenções em Centros de Saúdes e Programas de Saúde da Família (PSF’s) em bairros de alto risco de Montes Claros. 

O trabalho é um projeto de Pesquisa e Extensão e é coordenado pela professora doutora Maísa Tavares de Souza. A meta é dar suporte às ações das equipes de Saúde da Família nos bairros Morrinhos, Conferência Cristo Rey e Vila Telma. Esses locais aparecem no estudo como áreas com maior índice de violência contra a mulher. Dezenas de famílias já foram ouvidas. 

O levantamento de dados foi encaminhado para o Ministério da Saúde por meio do Sistema de Informação e Gestão de Projetos, que avaliou o material e aportou recursos da ordem de R$ 50 mil para a educação preventiva. O recurso será direcionado para 10 acadêmicos bolsistas.   

“O estudo é relevante, pois detecta a violência em todas as faixas etárias: a criança, a adolescente, a mulher adulta e a idosa. No entanto, percebemos no levantamento que o alvo dos ataques está voltado para a mulher em idade fértil”, aponta a coordenadora dos trabalhos. 

Já a acadêmica Franciele Fagundes afirma que a pesquisa ajudará também na capacitação dos envolvidos no projeto para as ações de intervenção. “A partir dos dados coletados, vamos promover uma efetiva integração no atendimento de qualidade às famílias que sofrem com a violência, filtrando melhor as informações para a condução dos trabalhos em campo”, destaca a aluna. 

ETAPAS

O estudo foi dividido em duas etapas. A primeira fase agrega a pesquisa documental – oriunda dos órgãos oficiais, com identificação da incidência, prevalência e principais áreas de risco no período de 2010-2011. 

Na segunda etapa é verificada a operacionalização do plano de ação, na qual são realizadas oficinas com as mulheres agredidas. O objetivo é promover a saúde e a cidadania, a partir da atenção primária, em parceria com as equipes de Saúde da família na Atenção primária á Saúde. 

Em novembro será iniciada a fase de elaboração de materiais, como folders e cartilhas, que serão distribuídos gratuitamente. As histórias contidas nos materiais são reais e contadas pelas próprias vítimas.   

Os dados coletados são observados em todos os níveis e a equipe de pesquisa avalia principalmente o critério da violência denunciada:  aquela que chega aos órgãos repressores da violência. “Essa avaliação é feita porque por medo, muitas mulheres ficam no silêncio e as estatísticas mostram essa dura realidade, na qual a minoria oferece denúncia em relação às agressões”, explica a coordenadora.

 

   

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