A variação de preços em Montes Claros apresentou queda no mês de julho, comparada ao mês anterior: de 0,81% para 0,30%. Trata-se do menor índice registrado em 2025 até o momento. A informação é do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), responsável pelo cálculo do Índice de Preços ao Consumidor de Montes Claros (IPC-Moc). O acumulado do ano chega a 3,92%.

A professora Vânia Vilas Boas, coordenadora do IPC-Moc, explica que a queda de 0,81% para 0,30% é consequência da redução verificada especialmente em dois grupos: Alimentação, com baixa no valor de muitos produtos “in natura”, caso de frutas e verduras que, por conta da safra, estão com oferta maior no mercado e, assim, com preços mais baixos; e Transporte, “quando nós tivemos queda do etanol e da gasolina”. A docente complementa que carne bovina, óleo de soja, arroz e feijão também estiveram com preços mais acessíveis no período.

Grupos

Em julho de 2025, o Grupo Alimentação teve o maior peso na composição do orçamento doméstico, com variação positiva de 0,44% e contribuição de 0,13% para o resultado final do índice. Entre os produtos que aumentaram de preço estão bolacha (5%); bolo (4,70%); requeijão cremoso (3,10%); pão de queijo (2,27%); água mineral (1,70%); pepino (25,58%); mamão (18,77%); beringela (15,36%); banana prata (11,38%) e pimentão (8,92%); contra café (-3,50%); óleo de oliva (-2,68%);  óleo de girassol (-1,79%); frutas em calda (-1,22%) e massa de tomate (-1,04%), que se tornaram mais acessíveis.

O Grupo Vestuário teve variação negativa de -0,72% e contribuição de -0,04% para o resultado final do índice. Entre os produtos que ficaram mais caros estão mosquiteiro e cortinas (5,56%); fronha (2,48%); lençol de solteiro (0,83%) e vestido infantil/short/blusa (0,91%); contra pano de copa (-4,23%); lençol infantil (-1,27%); travesseiro (-1,14%); toalha de banho, -0,92% e acessório de bebê (-20%).

Já o Grupo Habitação apresentou variação positiva de 0,79% e contribuição de com 0,17% para o resultado final do índice. Tiveram elevação, por exemplo, os preços da vassoura piaçava (4,75%); do sabão em barra (3,03%); rodo (2,68%);  óleo de peroba (1,46%); água sanitária (1,42%); esponja de aço (1,25%); espelho/vidro (4,20%); cimento (2,90%); areia (2,81%); pia (2,69%); tinta (2,28%) e brita (1,74%); contra toalha papel (-0,99%); papel laminado (-0,76%) e aluguel de imóvel (-0,77%), que baixaram de preço.

O Grupo Artigos de Residência e Serviços Domésticos registrou variação positiva de 0,61% e contribuição de com 0,03% para o resultado final do índice. Subiram de valor, entre outros, fogão (3,90%); circulador de ar/ar-condicionado (2,22%); geladeira (2,12%); computador (1,61%); ventilador (1,44%) e forno micro-ondas/forno elétrico (1,16%); contra vídeogame (-2,27%); tablet (-2,55%); aparelho de DVD (-2,39%); impressora (-1,50%) e ferro elétrico (-1,01%).

O Grupo Transportes e Comunicação apresentou variação negativa de -069% e contribuição de -0,13% para o resultado final do índice. Entre os produtos que aumentaram de preço está lubrificação (1,68%); contra gasolina (-3,10%) e etanol (-2,21%), que baixaram de valor.

O Grupo Saúde e Cuidados Pessoais apresentou variação positiva de 0,48% e contribuição de 0,05%, para o resultado final do índice. Entre os medicamentos que subiram de preço estão antidepressivo (3,73%) e fortificante (3,50%); hipertensão (1,05%); contra anticoncepcional (-2,39%) e anti térmico  (-1,22%), que ficaram mais baratos. Em meio aos produtos de higiene pessoal, aumentaram de preço protetor solar (3,13%); batom 3%); sabonete (2%) e fralda descartável (1,20%); contra papel higiênico (-2,43%); manteiga de cacau (-1,48%) e bronzeador (-0,87%).

O Grupo Educação e Despesas Pessoais apresentou variação positiva de 1,10% e contribuiu com 0,09 % para o resultado final do índice. Entre os produtos que subiram de preço seguem compasso (3,06%); cola (1,40%); quadro negro/branco (1,39%); e envelope (1,05%); contra durex (-4,95%); bola (-2,87%); brinquedo (-2,55%); livros (-1,55%) e lápis (-1,11%).

IPC-Moc

O IPC-Moc é o indicador da evolução do custo de vida das famílias montesclarenses, computado desde 1982 pelo Setor de Índice de Preços ao Consumidor e visa medir a variação de preços de um conjunto fixo de bens e serviços componentes de despesas habituais de famílias de nível de renda entre um e seis salários-mínimos mensais. 

Queda na Cesta Básica

Os preços dos gêneros básicos que compõem a Cesta Básica – Ração Essencial Mínima registraram queda de -5,21% em julho de 2025 contra -1,64% do mês anterior. As informações utilizam a base de dados da pesquisa mensal de preços ao consumidor que é realizada para a produção do IPC-Moc.

A Cesta Básica é composta por 13 produtos alimentícios em quantidades suficientes para garantir, durante um mês, o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta.

Em julho de 2025, o trabalhador local, com renda bruta de um salário-mínimo, R$ 1.518, utilizou, 37,19% de seu salário para a compra dos 13 produtos da Cesta Básica e suas respectivas quantidades. Essa cesta custou ao trabalhador R$ 564,60 em oposição a R$ 595,69 do mês anterior.

Após a aquisição da Cesta Básica, restaram ao trabalhador R$ 953,40 para as demais despesas, como moradia, saúde e higiene, serviços pessoais, lazer, vestuário e transporte.

A professora Vânia Vilas Boas pontua ainda que, da mesma forma que o IPC-Moc, a Cesta Básica registrou queda em julho. Ela destaca o comportamento do café, do açúcar, do arroz, da batata e do tomate, “que também vinham sendo vilões nos meses anteriores”.

Os produtos que, no período, baixaram de preço, foram batata inglesa (-29,18%); tomate (-16,93%); feijão (-8,82%); café (-3,54%); açúcar (-2,95%); arroz (-2,84%) e leite tipo C (-0,63%); contra banana caturra (4%) e farinha de mandioca (1,28%), que tiveram elevação no valor. A carne bovina, o pão de sal, o óleo de soja e a margarina mantiveram preços estáveis em relação ao mês anterior.

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