Foi lançado, na manhã desta terça-feira (18/12), o Projeto de Telemonitoramento de Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, implementado pela Secretaria de Estado de Saúde, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Através de teletransmissão (videoconferência), o lançamento foi acompanhado por médicos e outros profissionais da UTI neonatal do Hospital Universitário Clemente de Faria, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), uma das unidades que terá o telemonitoramento.

O programa de telemonitoramento é inédito no Brasil com investimentos iniciais da ordem de R$ 2,5 milhões do Governo do Estado. O projeto foi apresentado pelo subsecretário Estadual de Políticas e Ações de Saúde, Maurício Botelho, que destacou o esforço desempenhado pelo Governo de Minas para diminuir os índices de mortalidade infantil, principalmente, nas regiões com maiores ocorrências como o Vale do Jequitinhonha e o Norte de Minas.

Ele disse que Minas Gerais conta, atualmente, com 700 leitos em UTI neonatal. Até o final de 2013, serão colocados em funcionamento mais 240 leitos de tratamento intensivo para recém-nascidos, sendo que 200 deles já estão sendo implementados.

No primeiro momento, além do HUCF, o projeto de telemonitoramento atenderá a UTI neonatal da Santa Casa de Montes Claros, a maternidade do Hospital Fundajan, de Janaúba, e o Hospital Nossa Senhora da Saúde, de Diamantina. Ao todo, 40 leitos de UTI dessas instituições terão acesso ao serviço.

PARA O HUCF

A UTI Neonatal do Hospital da Unimontes conta com 10 leitos, dispondo, ainda, de outros 10 leitos de atendimento intensivo na estrutura intermediária. A importância da iniciativa foi destacada pela diretora Assistencial do Hospital Universitário Clemente de Faria, Cláudia Rocha Biscotto.

“Com a implantação do programa de telemonitoramento, os médicos do nosso hospital poderão discutir os casos com outros especialistas mais experientes de Belo Horizonte, adquirindo conhecimentos para as condutas a serem adotadas. Assim, poderá reduzido mais ainda o percentual de mortalidade de crianças no período neonatal”, afirmou a diretora do HUCF.

O projeto Telemedicina foi desenvolvido como uma resposta a levantamentos realizados pela Secretaria de Estado de Saúde que constataram que a maior parte dos óbitos de crianças de até um ano ocorrem no período neonatal precoce (de zero a seis dias). Os casos encaminhados às Unidades de Terapia Intensiva Neonatal serão discutidos com especialistas a distância, com a obtenção de respostas em tempo real sobre os procedimentos a serem adotados.

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