Foi iniciado nessa segunda-feira (21/05), em Montes Claros, “o Mutirão do Júri”, promovido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em parceria com o Ministério Público, Defensoria Pública e diversas instituições para agilizar o funcionamento do Judiciário. O campus-sede da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) é um dos locais onde acontecem os julgamentos.

Presidido pelo juiz Luiz Carlos Rezende Santos e com a atuação da promotora Mariana Lisboa Carneiro Brito, da Comarca de Belo Horizonte, o Tribunal do Júri foi instalado no auditório do prédio 1, onde funciona o curso de Direito e as demais graduações vinculadas ao Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA). Até o próximo dia 1º, serão realizados 11 julgamentos.

O “Mutirão” será promovido também na semana entre 18 e 22 de junho, sendo que já estão agendados outros seis julgamentos na sede da Unimontes para aquele período. Outros quatro locais em Montes Claros também participam da iniciativa: Faculdades Santo Agostinho (campus shopping), Faculdades Unidas do Norte de Minas (Funorte/campus do antigo Colégio São Norberto), Faculdades Integradas Pitágoras (FIP/MOC) e o próprio Salão do Tribunal do Júri (Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes), no Fórum Gonçalves Chaves. Ao todo, deverão ser realizados 100 julgamentos na cidade.

RESPOSTA ÀS DEMANDAS

O diretor do CCSA/Unimontes, professor Paulo César Mendes Barbosa, explica que o “Mutirão” é um projeto do Tribunal de Justiça de Minas Gerais que tem como objetivo “desafogar a Justiça Criminal, oferecendo respostas às demandas cada vez maiores da comunidade para a agilidade nos julgamentos dos crimes contra a vida”.

Ele ressalta que, além do espaço, a Unimontes oferece a infraestrutura e o apoio logístico para o desenvolvimento dos trabalhos. Por outro, observa o diretor do CCSA, a instituição também é beneficiada com o projeto. “Pois, os alunos do curso de Direito têm a oportunidade da aprendizagem prática, adquirindo mais conhecimento jurídico no próprio espaço físico da Universidade”, salienta.

MELHOR FORMAÇÃO

A iniciativa possibilitou o conhecimento prático pela acadêmica Jessielle Fagundes Fonseca, 18 anos, do 1º período do curso de Direito da Unimontes. “Foi a primeira vez que assisti a um julgamento. Com certeza, isso será muito importante para minha formação”, acredita Jessielle, que, depois de formada, pretende atuar na Defensoria Pública ou fazer concurso para se tornar promotora.

Pensamento idêntico tem Amanda Veloso Neves, 17, também do primeiro período. “No Tribunal do Júri aprendo mais sobre os procedimentos jurídicos”, disse Amanda.

O aluno Mailson Santana Mesquita, 23, do terceiro período de Direito, já faz estágio na própria Unimontes e também destacou a importância do “Tribunal do Júri descentralizado” na sede da universidade. “Esse trabalho vai proporcionar a celeridade processual, sendo também uma aproximação dos estudantes com os trabalhos da Justiça, permitindo uma melhor formação profissional”, observou Mailson.

Outro que acompanhou o Tribunal do Júri na Unimontes foi o aluno Edmilson Pereira da Silva, 21 anos, do sexto período de Direito. “Esse projeto é muito importante porque possibilita aos estudantes conhecer mais sobre a realização dos julgamentos fora do fórum. É uma oportunidade do conhecimento prático daquilo que é ensinado na teoria”, disse Edmilson, que também se prepara para fazer concurso para a magistratura.

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