O processo de internacionalização da Universidade Estadual de Montes Claros está sendo ampliado já no início deste semestre. Na última segunda-feira (06/02), em solenidade no Salão dos Conselhos (prédio da reitoria), foi assinado o protocolo de intenções entre a Unimontes e a Universidade de Alberta, de Edmonton/Canadá, com a proposta de implementação de convênios técnicos, científicos e culturais para estudantes de graduação, mestrandos, doutorandos e professores, que poderão ser estendidos a mais três instituições daquele país.
Participaram do ato a vice-reitora da Unimontes, Maria Ivete Soares de Almeida, o pró-reitor de Ciências Gregory Taylor e o pró-reitor de Assuntos Internacionais Arturo Sanchez, ambos da instituição canadense, além do coordenador do Núcleo de Intercâmbio e Cooperação Institucional, João Felício Rodrigues Neto.
As duas instituições já possuem acordo de colaboração científica na área da Biologia como integrantes da Rede Internacional Colaborativa de Pesquisas Tropi-Dry (do termo em inglês “Tropical Dry Forests”), desde 2004. Outros cinco países também participam dos estudos. O professor Mário Marcos do Espírito Santo, do Departamento de Biologia Geral da Unimontes e que integra a rede, também esteve na reunião.
A partir da assinatura do protocolo de intenções, nesta semana, as parcerias entre a Unimontes e a Universidade de Alberta serão estendidas para outras áreas do conhecimento como Física, Matemática, Geociências, Química, Ciências da Saúde, Computação, Produção Agrícola e Ciências da Terra (energia renovável, agricultura sustentável, produção mineral), dentre outras.
“Para a Unimontes, será de suma importância ampliar uma parceria tão bem sucedida e que projeta o enriquecimento de nossa produção científica”, observou a vice-reitora Maria Ivete de Almeida, ao destacar a Universidade de Alberta como “referência internacional para os estudos de tecnologia”.
MAIS UNIVERSIDADES
Com a oficialização deste novo convênio, a Unimontes terá acesso também aos benefícios oferecidos pelo Consórcio “CALDO”, cuja sigla é composta pelas letras iniciais de suas universidades integrantes: Alberta (A), Laval (L), Dalhousie (D) e Ottawa (O). O CALDO é um programa criado em 2009, no Canadá, específico para ampliar o atendimento naquele país aos estudantes, professores e pesquisadores brasileiros que estejam participando do Programa Ciência sem Fronteira, do Governo Federal.
“O consórcio oferece uma série de opções aos brasileiros para que tenham a oportunidade de compartilhar suas atividades de pesquisa, intercâmbios de materiais e de publicações em nosso país”, disse Gregory Taylor, pró-reitor de Ciências da Universidade de Alberta.
Por sua vez, Arturo Sanchez explicou que a meta das instituições canadenses é de receber mil brasileiros pelos próximos quatro anos, tendo em vista que os universitários, pesquisadores, mestrandos e graduandos podem pleitear bolsas de financiamento dos estudos junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), como prevê o programa “Ciência sem Fronteira”.
A permanência de cada intercambista no Canadá terá variação de 8 a 15 meses, com acesso também às indústrias de ponta canadenses, laboratórios de alta tecnologia e centros tecnológicos para estágios. Há, ainda, incentivo para o aprendizado e aperfeiçoamento dos idiomas francês e inglês. No perfil do acadêmico interessado em fazer parte do “CALDO” e do “Ciência sem Fronteira” devem constar atividades extracurriculares, produção de pesquisas e participação em ações extensionistas, dentre outros pontos.