Egresso da primeira turma do curso conta como foi ingresso na faculdade

Será realizada na noite desta quinta-feira (22/05) a comemoração dos 60 anos do curso de Letras da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). As bodas de diamante serão celebradas em evento especial com uma vasta programação no Museu Regional do Norte de Minas (MRN), na rua Coronel Celestino, que começará às 18 horas, se estendendo até as 21 horas. Nesta quarta-feira (21/05), se comemora o Dia Nacional do Profissional de Letras.
O curso de Letras foi criado em abril de 1963, nas instalações do prédio do Colégio Imaculada Conceição, vinculado, inicialmente, à Fundação Educacional Luiz de Paula (FELP). Em 1965 – portanto, há 60 anos, foi transferido para Casarão da Rua Coronel Celestino, atual sede do Museu Regional, juntamente com os cursos de Geografia e História, sendo ligados à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (Fafil), unidade da antiga Fundação Norte Mineira de Ensino Superior (FUNM), transformada na Unimontes pela Constituição Mineira de 1989.
A comemoração é organizada pelo Departamento de Comunicação e Letras e pela Coordenação do curso de Letras, com a participação de professores, acadêmicos, egressos e docentes aposentados. Na programação, entre outras atividades, estão previstos depoimentos e homenagens a professores aposentados da graduação e recordações e reflexões dos docentes que contribuíram com a história do curso de Letras.
Além de apresentações artísticas e musicais, será exibido vídeo sobre a trajetória do curso de Letras, que teve como principais fundadoras as professoras Maria Isabel (Baby) de Magalhães Figueiredo e Maria da Consolação (Mary) de Magalhães Figueiredo. Atualmente, o curso de Letras é vinculado ao Centro de Ciências Humanas (CCH), que funciona no prédio 2 do campus-sede da Unimontes.
Egresso da primeira turma do curso de Letras
O escritor e professor aposentado Wanderlino Arruda, 91 anos, foi um dos alunos da primeira turma do curso de Letras da antiga Fafil. Ele ressalta a relevância do seu ingresso no curso na década de 1960. “O curso foi muito importante para todos nós, porque a gente não tinha ideia do que era o curso superior. Então, tudo era novidade, era encantamento”, diz Wanderlino.
“A Adélia Miranda, a secretária da faculdade, sempre estava pronta para ajudar em tudo que a gente precisava. Havia as aulas de português com a professora Baby Figueiredo. Tudo era feito com muito entusiasmo”, recorda o ex-aluno da primeira turma do curso de Letras da Unimontes.
33 anos como docente do curso
A professora Mariléia de Souza atuou como docente do curso de Letras da FUNM/Unimontes por 33 anos. Ela destaca a importância da celebração das seis décadas de existência da graduação. “Comemorar os 60 anos do curso de Letras, para mim, é mais do que um marco institucional. É uma celebração profundamente pessoal”.
“O Curso de Letras da Unimontes não é apenas um espaço de formação acadêmica; é um território de resistência, de afirmação da linguagem como direito, da literatura como força transformadora, e da educação como instrumento de emancipação. Ao longo das décadas, formamos professores, pesquisadores, leitores críticos e sujeitos atuantes em suas comunidades”, descreve a professora Mariléia de Souza.