A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), realizou nessa terça-feira (25/03) a cerimônia de lançamento do Centro de Excelência do Semiárido – Sertão, no Espaço OAB Eventos, da 11ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Montes Claros.

Foto: Neto Macedo/Ascom Unimontes

O evento reuniu o reitor da Unimontes, professor Wagner de Paulo Santiago; o presidente da Fapemig, Carlos Alberto Arruda de Oliveira; o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação, Luiz Gustavo de Oliveira Lopes Cançado; o prefeito de Montes Claros, Guilherme Guimarães, e o vice Otávio Rocha; além de dirigentes de entidades parceiras, pesquisadores, acadêmicos e autoridades.

Com um investimento de R$ 20 milhões da Fapemig ao longo de cinco anos, o centro tem como objetivo desenvolver soluções científicas e tecnológicas para mitigar os impactos das mudanças climáticas, combater a desertificação e promover o desenvolvimento sustentável no Norte de Minas. Sua atuação abrangerá áreas estratégicas como agroeconomia, bioeconomia, biotecnologia e biodiversidade, além de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e internet das coisas. A proposta foi formalizada em março de 2024, durante visita do presidente da Fapemig à universidade.

Um marco para a pesquisa no semiárido

Foto: Neto Macedo/Ascom Unimontes

Em seu discurso, o reitor Wagner Santiago destacou a importância do projeto: “Hoje é um dia histórico para a Unimontes com a instalação do Centro Sertão. Esta conquista beneficiará não apenas nosso estado e região, mas também pesquisadores e a comunidade acadêmica como um todo”, afirmou, agradecendo o apoio da Fapemig.

Ele ressaltou que o centro potencializará pesquisas para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas e das desigualdades sociais no Norte de Minas e em todo o semiárido mineiro, que abrange 209 municípios. “A Unimontes consolida seu perfil inovador, utilizando recursos como IA e IoT para gerar conhecimento, tecnologias e impactos ambientais, econômicos e sociais”, explicou.

O reitor também enfatizou o papel do Sertão como catalisador de inovação, alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. “Convocamos nossos parceiros — prefeitura, empresas e instituições como o Banco do Nordeste — a unirem-se em prol da pesquisa e do progresso sustentável”, declarou.

Durante a cerimônia, foram apresentados os membros do comitê executivo do centro, liderados pelo professor Alysson Steve Mota Lacerda (PPGMCS) e pela pró-reitora de Pesquisa, Maria das Dores Magalhães Veloso, além de outros docentes e pesquisadores da Unimontes.

Impacto além das fronteiras regionais

Foto: Neto Macedo/Ascom Unimontes

O presidente da Fapemig, Carlos Arruda, emocionou-se ao relembrar a concepção do projeto durante sua visita à universidade em 2024. “Surge no Brasil um centro de excelência que não apenas produz conhecimento, mas também transforma a sociedade”, destacou.

Ele afirmou que o Sertão integrará diversas áreas do saber e terá repercussão nacional e global. “Demos um passo histórico hoje, com potencial para impactar não apenas o semiárido mineiro, mas o mundo”, concluiu.

A solenidade contou ainda com a participação do vice-reitor Dalton Caldeira Rocha; da superintendente de Pesquisa e Tecnologia da Sede-MG, Ana Carolina Lima Ferreira; do superintendente do Banco do Nordeste em MG/ES, Wesley Gonçalves Maciel; do presidente da Sociedade Rural de Montes Claros, Flávio Gonçalves Oliveira; de representantes do IFNMG, Emater-MG e UFMG, de empresas, entre outros convidados.

Fotos: Neto Macedo/Ascom Unimontes

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