A Universidade Estadual de Montes Claros desenvolve estudos sobre o diagnóstico e o tratamento da Doença de Chagas. A Universidade está inserida no Projeto Cuida Chagas, liderado pelo Instituto Nacional de Infectologia (INI) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e que envolve instituições de outros países latino-americanos, como Bolívia, Colômbia e Paraguai, com o objetivo de eliminar a transmissão vertical da moléstia.

As atividades do Projeto Cuida Chagas são desenvolvidas no Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), por meio do Laboratório de Doenças Infecciosas e Parasitárias (Lapid), vinculado ao Centro de Pesquisas em Doenças Infecciosas e Parasitárias (CPDI) da Unimontes. Os trabalhos no âmbito da universidade são coordenados pela professora e pesquisadora Thallyta Maria Vieira, do Departamento de Ciências Biológicas.

Dentro do Projeto Cuida Chagas, a partir de uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros, está sendo feita a validação de dois algoritmos de testes rápidos sobre a Doença de Chagas, a serem realizados nas unidades de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS).

A professora Thallyta Maria Vieira explica que os testes rápidos previstos no Projeto Cuida Chagas – Validação representam um grande avanço no projeto de vigilância e de obtenção dos diagnósticos da doença na região, beneficiando sobretudo os pacientes de baixa renda. Ela lembra que, até então, para se obter o diagnóstico da Doença de Chagas, era necessário o comparecimento do indivíduo na unidade de saúde para coleta de sangue e encaminhamento para exame de sorologia no laboratório da Fundação Ezequiel Dias (Funed). Com o teste rápido, serão agilizados tanto o diagnóstico quanto o início do tratamento dos pacientes contaminados.

Treinamento de médicos da atenção básica

Como parte das atividades do Projeto Cuida Chagas – Validação, foi realizado no Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF) um treinamento sobre a Doença de Chagas para médicos da atenção primária à saúde, com abordagem sobre a validação de algoritmos para testes rápidos da doença. A capacitação foi conduzida por Andreia Silvestre, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz e coordenadora do Projeto Cuida Chagas – Validação.

Foto: Ascom Unimontes

Conforme explica a professora Thallyta Maria Vieira, o evento teve como objetivo treinar os médicos da atenção básica em relação ao diagnóstico, acompanhamento e tratamento da Doença de Chagas. Durante o encontro, os profissionais também tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre os procedimentos recomendados para os casos diagnosticados nas unidades básicas de saúde (UBS).

Thallyta Vieira salienta que a equipe do Projeto Cuida Chagas leva a ação a unidades de saúde de comunidades rurais. Ela ressalta que o objetivo é que os médicos das UBS tenham informações e segurança para tratar os pacientes chagásicos nas próprias comunidades, facilitando o acesso ao atendimento e evitando despesas com deslocamentos. “Se o médico tem segurança de tratar o paciente na UBS, isso vai facilitar o tratamento e salvar muitas vidas. Quanto mais cedo a doença é tratada, maior será a qualidade de vida da pessoa. Quando o diagnóstico é feito tardiamente, aumentam os efeitos colaterais, que impactam a vida e podem levar até à morte”, alerta a pesquisadora.

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