A Universidade Estadual de Montes Claros e a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas) poderão ampliar suas ações de incentivo à maior capacitação docente, através de novos programas de mestrado e doutorado e o desenvolvimento de pesquisas conjuntas. O assunto foi pauta de encontro nessa quarta-feira (15), no campus-sede, entre o reitor da Unimontes João dos Reis Canela e os professores José Tarcízio de Almeida Melo, desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), e Edimur Ferreira de Faria, diretor da Faculdade Mineira de Direito e docente do programa de pós-graduação Stricto sensu em Direito, da PUC-Minas.

A proposta é para que, tão logo seja concluído o primeiro Mestrado Interinstitucional em Direito (Minter), as duas instituições iniciem os entendimentos para a implantação do programa de Doutorado na mesma área, a partir de 2012. Também presente ao encontro, o diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, professor Paulo César Mendes Barbosa, salientou o interesse dos docentes da Unimontes com a oportunidade de mais um programa Stricto sensu.

Referência nacional em Direito Administrativo, o professor Edimur Ferreira de Faria destacou o compromisso que os programas de mestrado e doutorado da PUC-Minas têm em fomentar a investigação científica, por isso, a “possibilidade de incentivar as pesquisas entre a Unimontes e a PUC”.

O reitor João Canela enalteceu o bom relacionamento entre as duas instituições e sugeriu novas parcerias além da área de Direito. “Reconhecemos a PUC-Minas como referência na formação profissional com exímio compromisso e qualidade”. Para ele, a aproximação das instituições “é um importante passo para a Unimontes se consolidar na área de pós-graduação Stricto sensu”, atualmente com oito mestrados e um doutorado próprios. O quadro docente da Universidade Estadual de Montes Claros atualmente conta com 44% de mestres ou doutores. Há 10 anos, o percentual era de apenas 12%.

MODELO

Por sua vez, o desembargador José Tarcízio de Almeida Melo evidenciou a Unimontes como modelo nas ações extensionistas vinculadas ao curso de Direito. Citou como exemplo o Serviço de Assistência Jurídica Itinerante (SAJ), que “leva a Justiça onde a comunidade está”. O também professor na PUC-Minas salientou que “essa não é uma iniciativa comum aos cursos de Direito do País” e, por isso sugere “que o modelo, que traduz a cidadania plena, seja adotado por outras instituições ainda durante a formação do futuro advogado”.

 

Segundo o professor Paulo César Mendes Barbosa, as atividades do SAJ Itinerante envolvem, em média, 500 acadêmicos e 50 professores a cada ano, com uma média de 8,5 mil atendimentos neste período. Desses, 4,5 mil acabam se transformando em processos judiciais, em sua maioria na área cível. O juiz de direito em Montes Claros, Lailson Braga Baeta Neves, professor da Unimontes, também esteve presente ao evento.

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