Nesta terça-feira (18/12), será lançado o Projeto de Telemonitoramento de Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, implementado pela Secretaria de Estado de Saúde em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em Montes Claros, a apresentação acontecerá às 10 horas, na UTI Neonatal do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), uma das unidades que terá o monitoramento.

O projeto tem como prioridade diminuir os índices de mortalidade infantil no Estado, principalmente em regiões com maiores ocorrências de casos como a Norte e o Vale do Jequitinhonha. Neste primeiro momento, além do HUCF, o telemonitoramento atenderá a UTI neonatal da Santa Casa de Montes Claros, a maternidade do Hospital Fundajan, de Janaúba; e o Hospital Nossa Senhora da Saúde, de Diamantina.

Ao todo, 40 leitos de UTI dessas instituições terão acesso ao serviço. A UTI Neonatal do Hospital da Unimontes conta com 10 leitos, dispondo ainda de outros 10 leitos de atendimento intensivo na estrutura intermediária.

POSSIBILIDADE DE AMPLIAÇÃO

A implantação do projeto envolve investimentos do Governo do Estado da ordem de R$ 2,5 milhões. Porém, estudos que estão sendo realizados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a SES estimam a incorporação de novas tecnologias, o que deverá ampliar os valores.

Os casos encaminhados às Unidades de Terapia Intensiva Neonatal serão discutidos com especialistas a distância, com a obtenção de respostas em tempo real sobre os procedimentos a serem adotados. Durante a solenidade de lançamento, será feita uma teleconsultoria entre especialistas de Belo Horizonte e profissionais do Hospital Universitário Clemente de Faria. Após a teleconsulta, o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, concederá uma entrevista coletiva e jornalistas de Montes Claros poderão fazer perguntas via teletransmissão.

PROJETO TELEMEDICINA

O projeto telemedicina foi desenvolvido como uma resposta a levantamentos realizados pela Secretaria de Estado de Saúde, que constataram que a maior parte dos óbitos de crianças de até um ano ocorrem no período neonatal precoce (de zero a seis dias). Segundo especialistas, muitas dessas mortes poderiam ser evitadas por intervenções nas primeiras horas de vida do recém-nascido. Garantir acesso aos serviços de terapia intensiva, por exemplo, pode ser definitivo para a sobrevivência de uma criança.

A implantação de serviços de UTI e Unidades de Cuidados progressivos neonatal em municípios distantes dos grandes centros urbanos é uma das principais dificuldades dos gestores de saúde. A falta de recursos humanos capacitados e também o isolamento dos profissionais de saúde são grandes entraves. Com o projeto, a SES pretende solucionar esses problemas.

O telemonitoramento é fruto de uma parceria técnica da Faculdade de Medicina da UFMG e funciona como um serviço de telemedicina que permitirá a interação entre os profissionais com maior expertise na área e os profissionais das UTIs neonatais do interior do estado. Uma central disponibilizará plantonistas durante 12 horas por dia, por meio de teleconsultoria e web conferência. Especialista de áreas como pediatras intensivistas, cardiologista, pneumologista, gastroenterologista, cirurgiões, neurologista e geneticista atuarão como consultores, garantindo uma segunda opinião para todo procedimento.

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