“O Sertão é o Mundo”. Este é o tema da 1ª Mostra de Cinema de Montes Claros, que começa nesta quarta-feira (19/09) e vai até o próximo sábado, com exibições gratuitas de filmes ao ar livre na Praça de Eventos Rui Soares Olímpio, no Campus da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). A iniciativa é da Associação Cultural “Cinema Comentado” e da agência de produção cultural Fulô, com apoio da Unimontes e outros parceiros. A mostra é viabilizada com recursos do Fundo Estadual de Cultura e do Programa BNB Cultural, do Banco do Nordeste.
Durante a mostra, serão exibidos 13 filmes nacionais produzidos entre 2003 e 2011, todos com a temática voltada para o sertão brasileiro. Conforme os organizadores, o objetivo é “a discussão em torno da produção cinematográfica brasileira, permitindo o acesso aos bens audiovisuais e contribuindo para a formação do pensamento crítico da sociedade”.
Na abertura, nesta quarta-feira, às 19 horas, o evento será aberto com a exibição do filme “Eu vou de volta”, de Camilo Cavalcante e Cláudio Assis. Com 54 minutos de duração, o filme apresenta o relato de duas viagens realizadas simultaneamente em ônibus clandestinos, de Caruaru (no agreste pernambucano) até São Paulo. São narradas as pequenas vitórias e derrotas de cada um dos participantes das viagens.
Ainda nesta quarta-feira, às 21 horas, será exibido o longa-metragem “Pindorama – A Verdadeira História dos Sete Anões”, de Roberto Berliner, que conta a história dos sete irmãos anões com a tarefa de seguir adiante com o legado de seu pai, o mítico Pindoba, conhecido como “o menor e mais engraçado palhaço do mundo”.
Nesta quinta-feira, a partir das 19 horas, haverá uma sessão de curta-metragem com mostras das produções “A Moça que dançou depois de morta” (de Ítalo Cajueiro), “Até o Sol Raiá” (de Fernando Jorge e Leandro Amorim), “O Divino, de Repente” (de Fábio Yamaji), “Vida Maria” (de Márcio Ramos), A “História da Eternidade” (de Camilo Cavalcanti), “Cães” (de Adler Paz e Moacyr Gramacho) e “Tempo de Ira” (de Gisella de Mello e Marcélia Cartaxo).
Às 21 horas, o público será contemplado com o filme “O Grão”, de Petrus Cariry. O filme narra a vida da personagem Perpétua, que, sentindo a presença da morte, decide preparar Zeca, seu neto, para a separação que se aproxima. Ela lhe conta a história de um rei e uma rainha, que perderam seu único filho e sonham em trazê-lo de volta à vida.
Na sexta-feira, às 19 horas, será exibido o filme “Patativa do Assaré, Ave Poesia”, de Rosemberg Cariry. O documentário retrata a vida do poeta Patativa do Assaré, mostrando o lado político dos seus atos, a confecção de seus poemas e sua importância para a cultura brasileira.
No mesmo dia, às 21 horas, será apresentado o filme “Deserto Feliz” (de Paulo Caldas). A obra fala de Jéssica, uma jovem de 14 anos que vive em Deserto Feliz, uma cidade do sertão pernambucano. Após ser violentada pelo padastro, ele foge para Recife. Na capital pernambucana, passa a trabalhar no turismo sexual, até receber o afeto de Mark, um turismo alemão.
No sábado, as atividades vão acontecer na sala Ibicinemas, do Shopping Ibituruna. Às 21 horas, será exibido o filme “Febre de Rato”, de Cláudio Assis. “Febre de Rato’ é uma expressão típica da cidade do Recife, que designa alguém fora de controle. É assim que Zizo, um poeta de atitude anarquista, chama um pequeno tablóide que ele publica às suas próprias custas.