Os impactos ambientais do rompimento da Barragem B1 de rejeitos de minérios, da Mina do Córrego do Feijão da Mineradora Vale, ocorrido em Brumadinho em 25 de janeiro deste ano, serão discutidos em Montes Claros. Será na próxima terça-feira (30/4), com o “Seminário Análise do Crime Ambiental da Vale em Brumadinho”, no campus-sede da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

A iniciativa é do mestrado em “Sociedade, Ambiente e Território” (PPGSAT), ministrado conjuntamente pela UFMG e Unimontes, e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social – mestrado e doutorado – da Unimontes, além do Grupo de Temáticas Ambientais (Gesta), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

As discussões acontecerão no auditório do prédio 6, no horário de 8 às 12h30. Além de pesquisadores, professores,estudantes e ambientalistas, o encontro contará com a participação de representantes de comunidades tradicionais (vazanteiros e quilombolas) e dos atingidos pela tragédia da barragem de rejeitos de minério, que provocou uma série de danos ambientais, atingindo a bacia do Rio Paraopeba (afluente do Rio São Francisco), além de ter deixado 232 mortos e 41 desaparecidos – números contabilizados até esta terça-feira (23/4).

DUAS PARTES

De acordo com a programação, o seminário terá na primeira parte o debate do tema “Análise do Crime Ambiental da Vale em Brumadinho”, com a participação da professora Andréa Zhouri, do Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais da UFMG; Neison Freire, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e de Carine Guedes, representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

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A coordenação dos trabalhos será da professora Ana Thé, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social da Unimontes.

Na segunda parte das atividades haverá depoimentos dos atingidos pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. O evento contará com a participação de Marlúcia (atingida pela lama de rejeitos de minérios no município de Pompéu), Clarindo, do Movimento dos Pescadores do Brasil (MPP) e da vazanteira Dinda, da comunidade quilombola de Lapinha, no município de Matias Cardoso. A coordenação das atividades será da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

O evento contará vários apoiadores, entre os quais: Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e da Articulação Vazanteiros e Quilombolas em Movimento, Articulação Rosalino Gomes de Povos e Comunidades Tradicionais, Conselho Pastoral dos Pescadores e do Mestrado em Sociedade, Ambiente e Território, curso associado entre o Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da UFMG e a Unimontes.

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