Com 121 projetos e programas institucionalizados, a extensão universitária é um dos diferenciais nas ações desenvolvidas nos cursos de graduação da Universidade Estadual de Montes Claros. Somente em 2015, as atividades extensionistas da Unimontes contemplaram 607.711 pessoas em sua área de abrangência no Norte, Noroeste, Centro do Estado e os Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. Os resultados alcançados e as perspectivas de valorização e reconhecimento da extensão universitária nas práticas curriculares são os temas em debate no I Seminário de Metodologias para as Práticas de Extensão, que a Unimontes realiza nesta quinta-feira (15/12), como parte da programação do 10º Fórum de Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão (Fepeg).
Os trabalhos tiveram início pela manhã e envolvem 328 participantes, entre professores, acadêmicos, mestrandos, doutorandos e pesquisadores. A programação se estenderá até o final da tarde, no auditório do Prédio 6, do campus-sede. O grupo “Roda de Choro”, da Unimontes, fez a apresentação durante a abertura.
Pró-reitora de Extensão da Unimontes, professora Jussara Maria de Carvalho Guimarães fez a abertura do evento e ressaltou a importância na divulgação dos projetos e programas nesta área, sobretudo para que sejam reconhecidos nas ações públicas de fomento, no âmbito curricular da formação profissional e nos financiamentos.
O reitor da Unimontes, professor João dos Reis Canela, presidiu a solenidade e resumiu a extensão acadêmica como o vínculo da Universidade com a realidade dos fatos. “Como instituições públicas, que são geridas com os recursos de todos, as práticas extensionistas traduzem o qual importante é reverter o conhecimento em benefício coletivo. É preciso reconhecer sua dimensão na formação acadêmica”, ressaltou. Na oportunidade, foi respeitada uma homenagem póstuma ao ex-reitor José Geraldo de Freitas Drumond e aos professores Shirley Passos e Ronald Couto.
Aluno de Gestão Pública da Unimontes, Dácio Silva Diniz Neto (23 anos) está apenas no 2º período do curso, o que não lhe impediu de fazer parte de projetos de extensão. “Você se antecipa ao tempo, uma vez que o contato com a realidade se coloca inserido ao seu campo de trabalho antes de se tornar profissional”, atesta o acadêmico, que integra o projeto “Empreendedores Sociais”. A iniciativa trabalha diretamente com empresários no diagnóstico de iniciativas efetivamente bem sucedidas e de como compartilhar com os demais segmentos estas ações positivas.
INDICADORES
Após a abertura, o pró-reitor de Extensão da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), professor Etevaldo Almeida Silva, abordou sobre a importância e a necessidade de padronização dos indicadores de avaliação da extensão universitária. “Esta é uma condição imprescindível para o reconhecimento oficial dos organismos de governo e, obviamente para a qualificação dos programas e projetos da área. A partir dos critérios únicos de avaliação, a extensão universitária viabilizará a sua inclusão nas matrizes orçamentárias sem a necessidade de interpretações”.
Segundo Etevaldo, as universidades, faculdades e institutos utilizam, atualmente, 52 indicadores, com algumas especificidades de acordo com a sua região de abrangência, natureza jurídica ou condição de financiamento (pública ou privada). “Junto ao Fórum Nacional de Pró-Reitores, do qual a Unimontes também faz parte, estamos trabalhando para buscar um padrão em nível nacional para estes indicadores”.
Por fim, ressaltou a importância da Metodologia para os projetos, cursos, programas e eventos de extensão, tendo em vista o propósito de definição da Política Nacional para a área, cuja proposta é de creditar 10% da grade curricular dos cursos de graduação em ações extensionistas.
MESA INFORMATIVA
À tarde, a partir das 14 horas, acontece a Mesa Informativa “A Extensão na Unimontes”, com os relatos de experiência sobre o Núcleo de Informações e Estatísticas da Extensão (Nieex), Observatório do Empoderamento Feminino e A Gestão do Conhecimento em Extensão.
O tema central do Fepeg é “Responsabilidade Social: Indissociabilidade Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária”. O evento reúne 3,3 mil inscritos, além de 2,7 mil trabalhos para apresentação. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Governo de Minas Gerais, CNPq, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e os Ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) são parceiros oficiais na realização do Fórum.
