Organizados por professores egressos da Unimontes, episódios mensais abordam fatos históricos com autores e pesquisadores regionais como fontes de informação para os debates
Com senso crítico e humor, como os próprios coordenadores resumem o estilo do projeto, o podcast “Tempus” abre o ano com a proposta de ampliar ainda mais o contexto local e regional em suas narrativas históricas.
A iniciativa é independente e tem a organização do professor/pesquisador Laurindo Mékie Pereira, do Departamento de História da Unimontes, e dos professores Thiago Pereira e Francisco Rocha, egressos da própria Unimontes na graduação e no mestrado de História (PPGH).
Os programas são lançados normalmente no primeiro dia de cada mês e as duas primeiras produções do ano são mais abrangentes ao universo regional: “A Revolta da Vacina”, que versa sobre os protestos populares na campanha de imunização proposta por Osvaldo Cruz, em 1904, e “Alexandre, o Grande”, considerado um dos maiores conquistadores e estrategista militar de todos os tempos e “dono” de um império com extensão entre a Europa e a Índia no período a.C (Antes de Cristo).
MONTES CLAROS NO ROTEIRO
Na sequência da pauta de 2021, a proposta é, entre outros objetivos, divulgar fatos específicos de Montes Claros como centro regional e com referências para o restante do País: “O Papel de Montes Claros na História do SUS”, “O Desenvolvimentismo em Montes Claros”, “Histórias e Memórias do Trem Baiano”, “A História do Futebol em Montes Claros” e a “Literatura Regional”.
Ainda relacionada à Pandemia, uma releitura do século passado será o episódio sobre a “Gripe Espanhola de 1918 e suas conexões com a pandemia atual (em Montes Claros e Minas Gerais)”, o terceiro neste ano, que tem como convidada a pesquisadora Heloísa Starling, professora da UFMG.
ACESSE – Instagram Tempus
“Montes Claros e o Norte de Minas estão sempre presentes no Podcast Tempus. Nos oito primeiros episódios até aqui, isto é muito claro”, observa Laurindo Mekie, ao se referir, por exemplo, à estreia do Podcast. “Naquele primeiro programa, abordamos a polêmica do aniversário e da emancipação de Montes Claros e, no episódio a seguir, o material foi sobre patrimônio histórico local e regional, com a manutenção e até a demolição de bens públicos como as estátuas”, completou o pesquisador.
“O tema escolhido sempre liga o local/regional ao global”, completa Francisco Rocha, o professor Chico, ao lembrar que, mesmo nas produções com abordagens de fatos históricos nacionais e mundiais, as pautas têm certo vínculo regional. “Os autores e instituições do Norte de Minas, como a própria Unimontes, estão presentes como fonte de informação e referência para os debates”, finaliza.
Thiago Pereira adianta ainda mais pauta que faz esta associação entre o Norte de Minas e o País: “nesta temporada, vamos falar inclusive de Carlos Chagas e sua descoberta do vetor de transmissão da doença que ficaria conhecida como “Doença de Chagas”, justamente numa cidade norte-mineira: Lassance”.
