Durante a solenidade de abertura do Congresso Mineiro de Ensino Superior, em Belo Horizonte, o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, deputado Narcio Rodrigues, defendeu o setor de pesquisa, inclusive a universitária, como uma das grandes alavancas para o desenvolvimento do Estado. Destacou que nos últimos sete anos foram investidos cerca de R$ 380 milhões em pesquisas nas universidades mineiras. “A pesquisa alavancará a economia de Minas Gerais”, disse o secretário.
O Congresso teve início na manhã desta segunda-feira (28/11), no auditório Juscelino Kubistchek, na Cidade Administrativa (Belo Horizonte), e pretende ser um amplo espaço para discussão da evolução do ensino superior em Minas Gerais, reunindo diversas universidades do Estado. A Universidade Estadual de Montes Claros participa do evento, com a presença do reitor João dos Reis Canela, moderador de mesa-redonda sobre a internacionalização do ensino superior. Trabalhos de extensão da universidade, com a participação de professores e dirigentes, estão expostos em estandes, que visa estimular a ampliação desses projetos em Minas Gerais.
“PESQUISA: INOVAÇÃO E RIQUEZAS”
A importância da pesquisa no desenvolvimento do Estado também foi ressaltada pelo presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), professor Mário Neto Borges. “Precisamos transformar pesquisas em inovação para gerar riquezas”, disse, ao destacar o aumento de investimentos da agência de pesquisa ao longo dos últimos anos, inclusive nas universidades.
O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, professor Luiz Cláudio Costa, também ressaltou o aumento de investimentos da Fapemig na pesquisa mineira. “Não se pode negar os avanços da pesquisa em Minas Gerais”, disse. Costa, que foi reitor da Universidade Federal de Viçosa, destacou, no entanto, que se deve ter também uma grande preocupação com a extensão universitária, citando que o conhecimento não pode se limitar à área física da universidade. “A universidade tem que ter compromisso social e transformar a realidade regional”, recomendou. “O conhecimento tem que ser utilizado para o desenvolvimento da sociedade”, acrescentou.
Ao reforçar a necessidade do compromisso regional das universidades, a secretária de Estado de Educação Ana Lúcia Almeida Gazzola observou que a educação básica e o ensino superior precisam de sintonia. Lembrou que os alunos que entram na universidade passaram antes pela educação básica e a melhoria da educação básica reflete diretamente na qualidade do ensino superior.
A secretária observou também que é a universidade responsável pela formação dos novos educadores e que não pode perder de foco a qualidade desse novo profissional que está sendo colocado à disposição do mercado. O Congresso Mineiro de Ensino Superior prosseguirá até esta terça-feira, quando serão entregues o Selo Universidade Cidadã e a Medalha Helena Antipoff, premiando projetos de extensão de Minas Gerais.
UNIMONTES EM SINTONIA
Com o apoio principalmente do Governo de Minas, a Unimontes está trabalhando para se consolidar ainda mais nas áreas de pesquisa e extensão, consideradas “como vocações”, segundo o reitor João Canela. Na investigação científica, por exemplo, são 289 projetos em andamento, com 40 grupos e 170 linhas de pesquisa. Na extensão, que integra a prática acadêmica às atividades de ensino e pesquisa como benefício para a comunidade, a instituição conta com 95 projetos e programas em andamento nas áreas de Comunicação, Cultura, Direitos Humanos, Educação, Justiça, Meio Ambiente, Saúde, Trabalho e Tecnologia. Quinze desses modelos estão sendo apresentados durante o Congresso.