Os técnicos da Agência Transfusional do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF) da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) desenvolveram o protocolo de solicitação, hemotransfusão e reações transfusionais de atendimento da unidade. O setor, implantado em 1995, controla a distribuição e a qualidade do sangue para demandas de cirurgias  realizadas no hospital. Em 2014, foram feitas 2.700 transfusões. O funcionamento é 24 horas por dia com 11 técnicos de análises clinicas e equipe de coordenação (um médico, um bioquímico e um enfermeiro). 

O coordenador médico da Agência Transfusional do HUCF, André Luiz Lopes Miranda, ressalta que a criação do protocolo vai facilitar o trabalho dos profissionais, contribuindo com a melhoria do atendimento. “Trata-se de uma medida importante para a prestação de serviços da unidade, além de ser um instrumento que vai encurtar caminhos para os médicos, orientar e ajudar no diagnóstico”, afirma  André Lopes Miranda. 

Por sua vez, o coordenador da Clínica Médica do hospital, Athos Avelino Pereira, lembra que o protocolo é imprescindível para o diagnóstico do paciente. “Tem a ver com a vida do paciente. Esse tipo de mecanismo demonstra a responsabilidade do profissional e evita complicações – algumas graves, ou até jurídicas”, descreve. 

Para Denise Carneiro, gerente do Escritório da Qualidade do HUCF, protocolos clínicos baseados em evidências são diretrizes terapêuticas fundamentadas em evidências científicas e práticas de consenso. “É um incremento significativo na segurança e qualidade da assistência, uma vez que atenua a variabilidade da conduta clinica; fato que seguramente aumenta os riscos da assistência, colocando assim, paciente, profissionais de saúde e instituição em confronto direto com o perigo. A aplicação deste protocolo é imprescindível, pois reforça o compromisso do profissional em oferecer serviço de saúde com qualidade, segurança e responsabilidade”, enaltece a gerente. 

SEGURANÇA

A Agência é responsável pela garantia da qualidade dos hemocomponentes utilizados no hospital, envolvendo transporte e armazenamento adequado, atendimento às solicitações médicas e realizações de provas de compatibilidades entre o doador (bolsa de hemocomponente) e o receptor (paciente que irá receber o hemocomponente). 

Essas etapas são primordiais para realização de uma hemotransfusão segura. O serviço conta com Protocolo de Solicitação de Hemocomponentes, que é iniciado após geração de solicitação médica. O HUCF também conta com Protocolo de Notificação de incidentes transfusionais. 

Segundo Waldete Ruas, Coordenadora de Enfermagem, contar com a habilidade colaboração e harmonia de toda a equipe multiprofissional da Agência Transfusional é muito importante para o  processo de transfusão.  “Pois, todos tem um papel fundamental na garantia de uma transfusão  segura”, conclui. 

Captação de doadores 

Agência Transfusional é a área hospitalar vinculada ao Hemominas, que conta com equipe de técnicos habilitados para realização do trabalho de controle e garantia de qualidade dos hemocomponentes e sangue, das transfusões que serão realizadas no HUCF, conforme solicitação e indicação médica, seguindo regulamentações técnicas. 

Funciona no Hospital Universitário a captação de doadores de sangue. O trabalho é realizado pela bióloga Fernanda Aquino e por outros membros das demais áreas do hospital. 

“Em média, são enviados ao Hemocentro 50 doadores por mês. A ideia é reforçar sempre o estoque de sangue”, informa Fernanda Aquino. Ela informa que as doações podem ser agendadas pelo telefone (38) 3224-8328. A coleta é feita no Hemominas de Montes Claros, que funciona na Rua Urbino Viana, 640. Anualmente, os técnico-captadores passam por treinamento no Hemominas. A próxima capacitação está prevista para agosto de 2015.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Critérios de doação*

Quem pode doar

ü  Pessoas entre 16 e 69 anos. Mas, atenção: se o candidato à doação de sangue tem entre 16 e 17 anos ou mais de 60 anos, é importante conhecer as Normas e documentos necessários para doação de sangue. Os demais critérios são válidos para todos.

ü  Quem tem e está com boa saúde;

ü  Quem pesa acima de 50 kg;

ü  Quem dormiu bem na noite anterior à doação;

ü  Mulheres, mesmo se menstruadas ou em uso de anticoncepcionais.

Quem não pode doar

ü  Quem teve hepatite após os 11 anos de idade, exceto se tiver comprovação laboratorial da época de que se tratou de hepatite A (IgM positiva).

ü  Quem tem exposição a situações de risco acrescido para doenças sexualmente transmissíveis nos últimos 12 meses;

ü  Quem teve gripe, resfriado ou diarreia nos sete dias anteriores à doação;

ü  Quem ingeriu bebida alcoólica nas últimas 12 horas anteriores à doação;

ü  Quem já usou alguma vez drogas injetáveis;

ü  Quem apresenta ferimento ainda não cicatrizado;

ü  Quem estiver grávida ou em período de amamentação. Após o parto normal é necessário aguardar três (3) meses e após cesárea, seis (6) meses;

ü  Quem fez qualquer exame endoscópico nos últimos seis (6) meses;

ü  Quem fez cirurgia por laparoscopia nos últimos seis (6) meses;

ü  Quem fez tatuagem nos últimos 12 meses;

ü  Quem fez tratamento dentário recente (a pessoa pode ser impedida de doar por um período de 1 a 30 dias, conforme o caso).

ü  Quem fez piercing nos últimos 12 meses anteriores à doação. Piercing localizado em área genital ou na boca, somente poderá ser liberada a doação após 12 meses da sua retirada.

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