No I Encontro de Interação Universidade/Empresa (UniEmpresas), realizado nesta quinta-feira (4/04), no campus-sede, com a presença de empresários e dirigentes classistas de Montes Claros, professores da Pró-Reitoria de Pesquisa e do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas/CCET da Unimontes tiveram a oportunidade de apresentar diversos projetos de inovação e de tecnologia em andamento, assim como propostas de incremento à formação do futuro profissional. 

Nesse contexto, destacam-se o Núcleo de Propriedade Intelectual e Inovação Tecnológica – Ágora/Unimontes – e a Incubadora de Empresa de Base Tecnológica, assim como o projeto de reestruturação na formação e certificação das graduações em Matemática, Física, Química, Engenharia Civil, Engenharia de Sistemas e Sistemas de Informação.

O pró-reitor de Pesquisa, Vicente Ribeiro Rocha Júnior, abordou o avanço da Unimontes na área de investigação científica e de inovação tecnológica. Atualmente, a Unimontes tem 500 projetos de pesquisa em andamento com 160 linhas de pesquisa – a maior parte delas vinculada aos cursos de pós-graduação Stricto sensu (mestrados e doutorado). 

“A pesquisa é um aprendizado para quem desenvolve, porque qualifica o profissional e, ao mesmo tempo, é um aprendizado para a sociedade na qual ela é desenvolvida, pois permite a aplicação, com sucesso, desses novos conhecimentos”, afirmou. Ainda na abordagem, o pró-reitor enumerou alguns estudos desenvolvidos pela Unimontes nas áreas de biotecnologia industrial, ciências da saúde, biologia, produção vegetal e produção animal. 

Patentes

Coordenador de Inovação Tecnológica da Unimontes, o professor Dario Alves de Oliveira explanou sobre o trabalho do Ágora. O Núcleo da Unimontes já realizou o depósito de tres patentes de invenções, dois modelos de utilidade e  possui 12 marcas registradas, contando ainda com cinco marcas em processo de análise para registro, além de um software

“As parcerias entre as universidades e as empresas na área da inovação tecnológica tornaram-se essenciais”, disse o professor. Ele lembrou que são previstos em leis diversos incentivos fiscais para as empresas que investem em inovação tecnológica. Há, ainda, os editais de agências de fomento que contemplam projetos implementados a partir de parcerias entre as instituições de pesquisa e a iniciativa privada. 

Novo perfil – A criação de novos cursos de Ciências Exatas e Tecnológicas que venham atender os interesses do setor produtivo foi apresentada pelo professor Rosivaldo Antônio Gonçalves, do departamento de Ciências Exatas. Ele destacou as propostas de mudanças com base no ciclo básico dos cursos dessas áreas. O estudo dos professores sugere que os dois primeiros anos dos cursos sejam unificados, uma vez que as disciplinas são comuns nas bases curriculares da Matemática, Física, Química, Engenharia Civil, Engenharia de Sistemas e Sistemas de Informação. O projeto sugere, também, a implantação de cursos – tanto superiores como profissionalizantes e de especialização – voltados para o mercado regional.

A proposta foi baseada em vários aspectos: os inúmeros investimentos no novo cenário econômico regional com indústrias de produtos e de exploração mineral; exigência de mão-de-obra qualificada para esses e outros segmentos; as demandas da própria universidade; evasão da competência profissional para outros centros, dentre outros. 

Os empresários e líderes das entidades classistas também conheceram o sistema de funcionamento do Laboratório de Automação, Simulação, Controle e Otimização de Processos e Sistemas (Lascops), iniciativa dos professores dos departamentos de Ciências da Computação e de Ciências Exatas. A apresentação do professor Renato Dourado Maia fez um relato dos processos, produtos e projetos desenvolvidos pelo laboratório em parceria com instituições. 

“O Lascops reúne profissionais da própria Unimontes que já desenvolvem projetos junto às empresas de outras áreas do País, mas que podem ser mais bem aproveitados pela sociedade regional. E o que é melhor: não são apenas problemas a serem resolvidos, mas também processos que podem ser melhorados”, resumiu o professor Renato Dourado Maia. Como exemplo, ele citou o sistema desenvolvido para a Cemig que identifica defeitos na rede de distribuição em áreas rurais. “E os estudos não param. O sistema está sendo aperfeiçoado e ampliado. A próxima meta é de classificar qual a natureza dessas falhas localizadas nas redes de transmissão”. Ele apontou que a universidade tem soluções para as demandas do empresariado, defendendo a aproximação cada vez maior entre esses setores.

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