Foi instalada no campus-sede da Universidade Estadual de Montes Claros uma miniusina de captação de energia solar – fotovoltaica. A unidade está praticamente pronta e vai entrar em operação em breve como projeto experimental da parceria entre a Unimontes e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Além de gerar energia para o consumo da própria instituição e para o sistema de distribuição da Cemig, o empreendimento servirá para pesquisas voltadas para a busca da eficiência no setor.
A universidade é o primeiro órgão público na região Norte de Minas a contar com o sistema de aproveitamento de energia solar e aguarda autorização da Cemig para colocar a unidade em funcionamento. O projeto começou a ser implantado em outubro de 2015, sob a coordenação do curso de Engenharia Civil da Unimontes. A miniusina fotovoltaica experimental recebeu investimentos da ordem de R$ 70 mil da Universidade e cerca de R$ 50 mil da Cemig, que forneceu as placas de captação de energia solar – painéis fotovoltaicos.
Conforme o professor Guilherme Augusto Guimarães, coordenador do curso de Engenharia Civil e responsável pela gestão do projeto, a miniusina terá a geração de 12,5 KW de potência, suficientes para abastecer três residências populares, com uma média de cinco pessoas em cada uma delas. “A energia será consumida pela própria Unimontes em laboratórios que atendem os cursos de Biologia. Nos dias em que não houver consumo por parte da instituição, aos fins de semana e feriados, a energia da usina será lançada automaticamente no sistema de distribuição da Cemig”, explica o coordenador.
PONTOS DE PESQUISA
O projeto de pesquisa envolve professores e alunos dos cursos de Engenharia Civil e de Engenharia de Sistemas. “Os estudos vão possibilitar a ampliação do conhecimento sobre a captação e aproveitamento da energia solar no Norte de Minas. Serão avaliados itens como a capacidade da geração de energia fotovoltaica na região e alguns aspectos como a influência da temperatura, luminosidade, umidade, dentre outros fatores”, informa.
A unidade ocupa uma área de 100 metros quadrados, próxima a estação meteorológica do campus-sede. Ela dispõe de 250 painéis fotovoltaicos japoneses (50 por 50 centímetros), cedidos pela Cemig. Conta também com sistema de invertores, que transformam a energia em corrente contínua produzida pela usina na energia em corrente alternada do sistema elétrico convencional. Guilherme Guimarães lembra que o objetivo é ampliar o projeto futuramente, ampliando a geração de energia solar com painéis que serviriam como coberturas em áreas de estacionamento de veículos pequenos.