A equipe multiprofissional do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), vinculado à Unimontes, participa até esta sexta-feira (5/8), da Capacitação do Protocolo de Parada Cardiorrespiratória (PCR). As atividades acontecem no Centro Alfa de Treinamentos e Simulações (CATS), que funciona em anexo ao Centro Ambulatorial de Especialidades Tancredo Neves (Caetan).
De acordo com Kelly Alencar, gerente administrativa do pronto-socorro/HUCF, as simulações vão contribuir para a aprendizagem e aprimoramento dos profissionais da saúde. Ao todo, cerca de 80 pessoas entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem participam do projeto, com duração de quatro horas. Ministram as atividades as instrutoras Daniela Oliveira Lima Magalhães (enfermeira) e Maressa de Morais Martins (médica), além do enfermeiro Jefferson Figueiredo Lopes.
Para Lorena Roseli Rios, gerente de enfermagem do pronto-socorro/HUCF, é importante capacitar, pois se trata de uma atualização acerca das orientações já definidas – e com mudanças – nas diretrizes da American Heart Association (AHA) de 2015, que propõem novas recomendações sobre a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE).
“É mais um protocolo disseminado no HUCF, o que melhora a assistência para pacientes atendidos pela equipe do PS. Objetiva, ainda, revisar a padronização do atendimento para que seja rápido, seguro e organizado. Com isso, aumentam-se as chances de sucesso nas medidas adotadas pela equipe”, afirma.
Um dos instrutores é o enfermeiro intensivista do Hospital Jefferson Figueiredo Lopes. Em uma das estações, ele repassa ao grupo o suporte básico no atendimento. “Treinamos o manuseio de ventilação e compressão cardíaca diante de uma parada cardiorrespiratória. A oficina implica na instrução correta da equipe e organização do atendimento. Medidas que atualizam a equipe e a capacita para receber pacientes. O HUCF está sempre de porta aberta e não sabemos qual a próxima demanda que virá”, afirma.
Para a médica clínica e instrutora Maressa de Morais Martins todo o processo realizado em quatro dias visa dar mais segurança no atendimento. “Segurança para o profissional que treina e para o paciente que recebe os cuidados dentro do hospital. Com isso, aumenta-se a taxa de sucesso das decisões, minimiza os riscos de parada cardíaca, que demonstra sinal oito horas antes de acontecer. Então, propomos técnicas corretas para minimizar os danos neurológicos, por exemplo”, explica.
CATS/HUCF
O Centro foi implantado no HUCF em 2010 e, desde então, atua na integração da investigação e estudo para o desenvolvimento de técnicas e procedimentos na área de saúde, de forma metodológica. O CATS visa oferecer aos graduandos, graduados, residentes e técnicos da área de saúde, ensino teórico-prático no campo de atenção às urgências e emergências e habilidades clínicas.
O laboratório de simulações foi implantado com recursos da ordem de R$ 500 mil, viabilizados com investimentos do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), e do empresário Aloysio de Andrade Faria, do Grupo Alfastar.
“O laboratório oferece aulas práticas com simulações reproduzidas artificialmente em cenários com manequins de alta tecnologia, tornando possíveis criar situações muito próximas às vivências do cotidiano, por vezes graves e dramáticas”, afirma Roberto Rodney, Diretor de Desenvolvimento Acadêmico/HUCF.
As simulações, mediadas por tutores, compreendem em exercícios que contribuem para a aprendizagem e o aprimoramento de habilidades e atitudes na realização de procedimentos. O CATS possui ampla área física de 302,76 m2 composta de cinco salas de simulações, uma sala de controle e uma sala de aula para 20 alunos, além da recepção. Compõem a equipe do CATS, vários profissionais (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas) que utilizam o espaço em prol de um ensino de qualidade.
“A utilização do Centro de Treinamento é baseada em mapa de utilização e atividades mensal, em que o tutor requisita junto ao técnico administrativo do setor o agendamento das atividades (aulas, simulações, etc.) encaminhando o plano de aula, a lista de participantes e no caso da utilização de simulações, os parâmetros necessários a serem utilizados/cobrados na atividade”, descreve Roberto.