A qualidade da assistência prestada pelas equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) foi avaliada em estudo realizado pela professora Carla Silvana de Oliveira, do departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros. A pesquisadora abordou o tema durante curso de doutorado em Ciências, que concluiu na Escola Paulista de Enfermagem, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A professora da Unimontes elaborou a tese de doutorado “Avaliação da qualidade dos serviços prestados pelas equipes de estratégia de saúde da família”, que defendeu na instituição paulista, em setembro. A apresentação foi transmitida por sistema de videoconferência, permitindo o acompanhamento por parte de acadêmicos, professores e profissionais do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF).
O trabalho de campo foi realizado durante o ano de 2012 com profissionais e pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) atendidos em 76 postos do PSF (66 na zona urbana e 10 da zona rural) de Montes Claros. 15 centros de saúde do município foram envolvidos nas atividades.
A professora Carla Silvana explica que fez uma comparação entre o modelo tradicional de assistência à saúde e o atendimento oferecido por intermédio do Programa de Saúde da Família. Foi usado um instrumento de coleta de dados de origem canadense, o Pcatool, que focaliza os primeiros cuidados na atenção primária à saúde.
“Concluímos que o PSF é um programa que tem um grande potencial de cuidados com os pacientes em relação a outros serviços. A formação profissional é essencial na qualidade do atendimento”, afirma a autora da pesquisa.
Ela destaca ainda que o resultado do estudo servirá como subsídio para a implantação de políticas públicas voltadas para a melhoria da assistência à saúde da população. “O trabalho aponta que a estratégia saúde da família é um espaço preferencial para a promoção da saúde do adulto, bem como para a formação de enfermeiros em saúde da família e comunidade. Também apresenta potencialidades para a transformação e melhoria do modelo de atenção primária à saúde”, observa a doutora em Ciências da Unimontes.
