O potencial da qualificação acadêmica para a Universidade e os seus efeitos diretos no acesso a financiamentos, intercâmbios e nas ações associadas à investigação científica, dentre outros pontos positivos. Os temas foram debatidos no Seminário de Atividades da Pós-Graduação, primeiro evento institucional do gênero realizado neste ano pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), que reuniu pró-reitores, coordenadores dos programas institucionais Stricto sensu da Unimontes, mestrandos e doutorandos na última quinta-feira (17/3). A projeção é de realizá-lo também no segundo semestre.
Com a iniciativa, a meta da Pró-reitoria de Pós-Graduação coloca em debate temas relevantes da área para discussão mais integrada. “Pensamos da qualificação permanente da pós-graduação e, para alcançá-la, é necessária a participação de todos os segmentos envolvidos, com sugestões e debates”, pontuou o pró-reitor da área, professor Hercílio Martelli Júnior. Ele evidenciou que a Unimontes tem dados expressivos de crescimento na área da pós-graduação, mas da mesma forma, precisa trabalhar mais para mantê-los positivos.
“Dentre outras metas, precisamos incrementar cada vez mais a iniciação científica e as pesquisas de qualidade. Os dados dos últimos cinco anos apontam essa relação positiva entre as pesquisas de qualidade e os programas de pós-graduação no âmbito da Unimontes”, reforça o pró-reitor de Pesquisa, professor Rômulo Soares Barbosa.
Ele apresentou dados referentes aos últimos cinco anos destacando o quantitativo de bolsas, modalidades de iniciação científica (graduação e ensino médio), o apoio das agências de fomento como o CNPq e a Fapemig, cotas de bolsas institucionais (iniciação científica, voluntárias, dentre outras), além das perspectivas e desafios para os próximos anos.
NÚMEROS
Entre 2011 e 2015, as cotas institucionais de iniciação científica na Unimontes foram de 1.690 orientandos nas modalidades de bolsas (financiadas pelo CNPq, Fapemig, pela própria instituição ou mesmo as voluntárias – sem benefícios). Entre os cursos com o maior número de alunos bolsistas nos últimos cinco anos estão Agronomia, Ciências Biológicas, Zootecnia, Medicina, Odontologia, Educação Física, Geografia, Ciências Sociais, História, Letras/Português e Enfermagem, dentre outras. Há, ainda, a modalidade para alunos do ensino médio. “A média neste período foi de 6,2 bolsistas por orientador”, acrescenta Rômulo.
Outro ponto de destaque: 63% dos egressos da Unimontes que fizeram partes de ações de iniciação científica durante a graduação atualmente são alunos dos cursos de mestrado (15) e doutorado (3).
Ao final, os coordenadores apresentaram sugestões, como a professora Luciene Rodrigues, da coordenação do programa Stricto sensu em Desenvolvimento Social, que destacou o tema “Por que e para que Internacionalizar a Pesquisa e Pós-Graduação?”. O professor Alfredo Maurício Batista de Paula, do programa de pós-graduação em Ciências da Saúde, sugeriu, ainda, uma divulgação mais ampla sobre as modalidades de bolas para alunos do ensino médio, de forma a incrementar o interesse pelo acesso ao ensino superior e, diante da aprovação, pela investigação científica logo nos primeiros períodos.
Também participaram dos trabalhos os professores e coordenadores dos programas institucionais de pós-graduação Maria Helena de Souza Ide (Desenvolvimento Social), Clarice Diniz Corsato (Produção Vegetal no Semiárido), Mário Marcos do Espírito Santo (Ciências Biológicas), Marcos Esdras Leite (Geografia Espacial, parceria Unimontes, PUC-Minas e Fapemig), Élcio Lucas (Letras), Otto Domenici Mozzer, Leonardo Monteiro Ribeiro, Dario Alves Oliveira e Mauro Aparecido de Sousa Xavier (Biotecnologia).