A Universidade Estadual de Montes Claros contribui diretamente com as ações do Governo de Minas para a aplicação da tecnologia na área da saúde e com resultados concretos na prevenção e tratamento de doenças para a população de quase 30% do Estado. A instituição integra o programa Teleminas Saúde (implantado em 2009 – como sucessor antigo Minas Telecárdio) com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig). Dos 610 municípios atendidos pela iniciativa, 109 são de abrangência do polo da Unimontes no Norte e Noroeste de Minas e nos Vales do Mucuri e do Jequitinhonha.

A média estadual é de 1,5 mil consultas virtuais e outros 30 mil eletrocardiogramas a cada mês. Os casos são atendidos diariamente pelos plantonistas, que trabalham nas cidades pólos nas diferentes regiões do Estado. Os números dos atendimentos aumentam cada vez mais, à medida que os usuários são informados a respeito da nova tecnologia.

O programa tem dimensão internacional, sendo considerado como o segundo de maior abrangência em telessaúde do mundo – atrás apenas do Canadá. É referência em diversos congressos internacionais e já recebeu vários prêmios. O serviço consiste na realização de tele consultorias em vinte especialidades médicas, de enfermagem, nutrição e odontologia, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, entre outros, além dos serviços de telecardiologia, permitindo a segunda opinião de profissionais das respectivas áreas.

Como conseqüência, um atendimento com diagnóstico precoce e o menor número de encaminhamentos de pacientes aos municípios de médio e grande portes do Estado, reduzindo a concentração nas cidades polos.

A coordenação é de responsabilidade de especialistas de seis polos criados em universidades públicas: Federais de Minas Gerais (UFMG, com a coordenação geral), do Triângulo Mineiro (UFTM), de Uberlândia (UFU), Juiz de Fora (UFJF) e São João Del Rei (UFSJ), além da Unimontes.

EXPRESSIVOS

A equipe da Unimontes atua no Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF). É responsável pela implantação dos sistemas nas cidades e pelo treinamento constante dos profissionais de saúde, além do suporte e manutenção técnica e incentivo aos municípios para o uso do programa. Na última reunião entre os polos, há dois meses, a equipe da instituição foi formalmente reconhecida como a de melhor atuação no programa. O trabalho dos profissionais da Universidade foi apontado como referência para os demais.“O serviço oferecido pelas Universidades do Estado garante a credibilidade aos médicos usuários e pacientes. O número crescente de demanda em todas as especialidades reflete a confiança e participação intensa de médicos do interior que têm a chance de opinar, sugerir e interagir nas diferentes consultas e exames realizados”, observa o coordenador do polo Unimontes, professor André Pires Antunes.

As teleconsultorias têm diversas especialidades médicas. Mais de 85% das solicitações são respondidas em até 48 horas pelo plantonista, sendo as demais enviadas para um especialista. Os casos de urgência já contam com apoio de laudo, segundo a opinião em tempo real. Os municípios menores vêm reduzindo em cerca de 70% o número de encaminhamento de pacientes para a realização de exames cardiológicos nas cidades de maior porte.

ECONOMIA

Ainda de acordo com o coordenador André Pires Antunes, “a diminuição significativa no número de encaminhamentos médicos proporciona maior economia com transporte e logística”. Estudo mais recente mostra que a cada R$ 1 que o Governo gasta com o programa há uma economia de outros R$ 2,70. “O quadro é extremamente benéfico, pois o esforço reverte em melhoria da saúde da população, ao mesmo tempo, incentiva o aprendizado de profissionais de todas as áreas que têm um programa de educação continuada”.

Os investimentos são de responsabilidade do Governo de Minas. Cabe a cada polo garantir acesso facilitado ao programa e estimular os profissionais a utilizarem os serviços. Todas as cidades participantes recebem um computador, uma webcam, um kit multimídia, um aparelho de eletrocardiograma digital, uma câmera digital e uma impressora. Além disso, o Governo de Minas arca com os custos dos plantões dos especialistas.

Desde a implantação do Teleminas, 610 municípios contam com esse serviço para assistência em cardiologia e a meta é ampliar o atendimento em toda Minas Gerais, e outros exames, além do eletrocardiograma. Será o maior programa de Telessaúde do mundo.

Relacionadas

Reitor aborda desafios do atual momento da Unimontes e convoca: “Precisamos expandir nossas ações”
NIC/Unimontes oferece 225 vagas em oito cursos presenciais de inglês
Pesquisa da Unimontes avalia condições de saúde dos quilombolas
Reitores da Unimontes e UEMG discutem ações conjuntas
Filosofia: agenda em maio terá laboratório com debate sobre currículo e defesas de dissertações
Unimontes entre as convidadas para audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa da Ciência, na Assembleia