O curso de Geografia da Universidade Estadual de Montes Claros completa 50 anos de existência. As comemorações oficiais estão inseridas na programação do X Encontro Regional de Geografia – “Região: Crises Contemporâneas e Recursos Hídricos” –, que será aberto nesta quarta-feira (26/11), às 19h30, no auditório do prédio 2 (campus-sede). O evento prossegue até o dia 28, com mesas redondas, conferências, espaços para diálogos e apresentação de trabalhos científicos. O jubileu de ouro será celebrado com homenagens e programação artística cultural, na próxima sexta-feira, às 20 horas, no auditório do prédio 6.

A história da graduação se confunde com o início da trajetória da própria Unimontes. Geografia foi um dos quatro primeiros cursos de ensino superior implantados no Norte de Minas, em 1964, ainda pelas extintas Fundação Educacional Luiz de Paula (FELP) e Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (Fafil), primeiros embriões da atual Universidade Estadual de Montes Claros. Com aulas em salas cedidas pelo então Colégio Imaculada Conceição, a turma inicial contava com 16 alunos.

O curso ainda foi pioneiro em outros dois momentos da Unimontes: o primeiro a ser ofertado fora da sede como complementação de licenciatura em Diamantina (1996/97) e a primeira licenciatura a funcionar em outro campus (Pirapora, a partir de 1996).

PROFISSIONAIS

Nestas cinco décadas, segundo dados da Secretaria Geral, a Unimontes graduou 1.509 profissionais na área da Geografia (curso regular em Montes Claros, Pirapora e nos polos de Educação a Distância). A graduação também foi oferecida nas modalidades emergencial, modular e presencial em municípios do Norte de Minas, Centro e Vale do Jequitinhonha, com 613 graduados. A graduação em Geografia a distância é ofertada nos polos dos municipios de Itamarandiba e Pompéu, com 48 pessoas já graduadas até aqui.

No campus-sede, o curso é ofertado em dois turnos (matutino e noturno) com 216 alunos regularmente matriculados. Em Pirapora, no curso noturno, há 64 acadêmicos.

A estrutura para as atividades da Geografia passou por uma série de inovações. São quatro salas de aula e oito laboratórios/grupos de estudos que conciliam as atividades de ensino, pesquisa e extensão. Em 2014, entrou em funcionamento o mestrado próprio em Geografia, viabilizado, sobretudo, à produção científica e à qualificação docente. Dos 31 professores do curso, 11 são doutores, 14 mestres (nove doutorandos) e seis especialistas (três mestrandos).

Quanto à produção científica, estão em funcionamento os laboratórios e grupos de pesquisa com temáticas associadas ao programa curricular. São eles: o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Geografia Rural (NEPGeR), Laboratório de Geografia Médica e de Promoção de Saúde (Lageomeps), Laboratório de Educação Geográfica e Estudos Populacionais, Laboratório de Estudos Urbanos e Rurais (Laeur), Laboratório do Grupo de Estudos e Pesquisas Sociais e Ambientais (Gepsa), Laboratório de Geografia Física, Pedologia e Geologia, Laboratório de Geoprocessamento e o Laboratório de Cartografia.

Dentre os benefícios, os espaços criam a oportunidade para a iniciação científica. Hoje, o curso possui 22 bolsistas nesta modalidade (financiados pela Fapemig, CNPq e pela própria Unimontes), além de 150 bolsistas no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID).

Além do Encontro Regional, o curso realiza a cada dois anos mais dois eventos científicos e culturais: Encontro dos Povos do Cerrado e o Colóquio Cidade e Região. Os alunos e professores cumprem, também, uma agenda anual de trabalhos de campo em áreas de preservação natural, parques estaduais e nacionais, cidades históricas, áreas de mineração, dentre outros espaços geográficos.

Acadêmicos e professores do curso de Geografia atuam também em três projetos de suma importância:

  • o processo de implantação do Núcleo de Estudos Sismográficos do Norte de Minas, em parceria com a UnB e USP para os estudos dos tremores de terra em Montes Claros e na região;
  • o Centro de Estudos de Convivência com o Semiárido (CECS), com abrangência em 188 municípios com foco no estímulo em pesquisas sobre a realidade social, econômica e ambiental do Norte, Noroeste e Vales;
  • o gerenciamento das estações meteorológicas (convencional e eletrônica) do campus-sede da Unimontes.

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