“Criminalidade feminina – reflexo pelo avesso: o caso das detentas de Montes Claros-MG”. Esta é a pesquisa desenvolvida pela Universidade Estadual de Montes Claros que as professoras Maria Ângela Figueiredo Braga e Sheyla Borges Martins, do departamento de Ciências Sociais, apresentarão durante o XVI Congresso Brasileiro de Sociologia. O evento acontece entre os dias 10 a 13 de setembro, em Salvador (BA), organizado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) sob o tema “A Sociologia como Artesanato Intelectual”.

O levantamento foi realizado entre os anos de 2008 e 2012 no âmbito do Grupo de Estudos de Pesquisas em Metodologia, Violência e Criminalidade (GMVC). Segundo Maria Ângela Braga, o objetivo do trabalho é analisar o crescimento do número de mulheres detidas e mantidas pelo sistema penitenciário brasileiro, com o universo empírico na cidade de Montes Claros.

Vinte detentas participaram da pesquisa de forma espontânea. O estudo apresenta um perfil geral das encarceradas bem como as motivações dos crimes que as levaram para a prisão. Foram utilizados dados secundários do presídio feminino de Montes Claros (localizado no bairro Alvorada), por meio de estatística descritiva e entrevistas em profundidade. Conforme a pesquisa, a maioria dos crimes cometidos pelas detentas tem vínculo com o tráfico de drogas.

A professora Maria Ângela salientou que “há uma diversidade de fatores que conjuntamente podem contribuir para aumento ou redução dos níveis de criminalidade, participação ou não das mulheres nesse tipo de atividade”. Ela disse também que “em geral, as detentas possuíam já antes da prisão condições de vida desfavoráveis como atividade econômica pouco valorizada e baixa escolaridade, além do fato de serem jovens e solteiras”.

Outros trabalhos

Também participam do XVI Congresso Brasileiro de Sociologia alunos do mestrado em Desenvolvimento Social e dos cursos de graduação de Ciências Sociais e de Geografia da Unimontes.

Serão apresentadas as pesquisas “A luta pelo território no Quilombo de Brejos dos Crioulos”, de Patrícia Morais Lima (curso de Ciências Sociais), “O conflito Rio Riachão: a luta pelo acesso e uso da água entre comunidades rurais e produtores irrigantes no Norte de Minas Gerais”, de Aldinei Ameida Crisóstomo (curso de Ciências Sociais), e “Ouro de poucos e a degradação de todos: o caso Kinross no caso do Noroeste mineiro”, de Hamilton Pimentel Lopes e Mauro Teixeira Silva (curso de Ciências Sociais),

E ainda: “Um olhar direcionado aos conflitos ambientais referentes ao Parque Nacional da Serra do Cipó: percurso histórico, político e cultural”, de Isabel Beatriz Rodrigues de Moura e Maria Cecília Fontes de Souza (curso de Geografia), e “O terno dos temerosos: a cultura ribeirinha no sertão do São Francisco”, de Thays Barbosa Dourado (Mestrado em Desenvolvimento Social).

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