A pesquisa de campo do projeto “(Re)ssignificando rotas da escravidão e suas representações: diálogos literários como forma de recuperação histórica e construção de identidades”, coordenado pela professora-pesquisadora Alba Valéria Niza Silva, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de Minas Gerais (Fapemig), iniciou-se entre os dias 2 e 4 de outubro. Além da docente da Unimontes, participaram da coleta de dados, na cidade de Diamantina (MG), a professora-pesquisadora e colaboradora Roberta Maria Ferreira Alves e a pesquisadora-bolsista Manuela Luíza de Souza, ambas da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). 

Biblioteca e Museu

Os espaços visitados foram a Biblioteca Antônio Torres e o Museu Tipografia Pão de Santo Antônio, onde houve análise de jornais publicados nos anos de 1868 e 1869, e de diversas obras que dão notícias da presença de negros escravizados em Diamantina e região.

O projeto de pesquisa, que começou no dia 11 de dezembro de 2024 e segue até o dia 10 de dezembro de 2027, visa examinar como a rota da escravidão de pessoas africanas é representada em textos documentais, textos literários e textos pictóricos produzidos nesses espaços, com destaque para interconexões e especificidades culturais de cada contexto.

Rota de resgate

O problema central abordado é a maneira como as rotas da escravidão e suas representações têm sido historicamente construídas e percebidas, bem como o impacto de tais representações na recuperação histórica e na construção de identidades culturais. 

Tudo isso para estabelecer uma rota de resgate, “(re)ssignificando as rotas do tráfico humano de África ao Brasil”, aponta Alba Valéria Niza Silva, doutora e mestre em Letras e professora da graduação e do Programa de Pós-Graduação em Letras/Estudos Literários da Unimontes. Segundo ela, a meta é estabelecer relações a partir do Brasil – Diamantina (MG) e Cais do Valongo (RJ) – e do exterior – Cidade da Praia (Cabo Verde), Luanda (Angola); Lisboa (Portugal).

A professora Roberta Maria Ferreira Alves possui mestrado em Letras e doutorado em Literaturas de Língua Portuguesa, enquanto Manuela Luíza de Souza é formada em Ciência e Tecnologia e em Engenharia Química, com abordagem interdisciplinar, que explora a análise crítica dos seres humanos, suas culturas, resistência e percepção de contextos históricos.

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