Estudo é coordenado por pesquisador da Unimontes com análises em Portugal, Brasil e Noruega

O atendimento à saúde mental dos idosos pelos profissionais de saúde diante da pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19) foi objeto de uma pesquisa internacional, com abrangência em três países: Brasil, Portugal e Noruega. O estudo foi coordenado pelo professor Renato Sobral Monteiro Júnior, do Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências da Saúde (PPGCS), da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

A pesquisa resultou em artigo publicado na revista científica “International Psychogeriatrics“, da Universidade de Cambrigde (Inglaterra). O tema será ainda debatido na conferência on-line “Noite Com(Ciência)” – Uma Abordagem Multinacional em Saúde Mental de Idosos Frente à Atual Pandemia”, neste sábado, ás 19 horas, com transmissão pela plataforma Google Meet e pelo Instagram do Grupo de Estudos e Pesquisas em Neurociências, Saúde, Exercício e Esporte/GENESEs: @geneses.unimontes.

Participam os pesquisadores convidados Renato Sobral Monteiro Júnior (Unimontes), Andrea Deslandes (UFRJ), Cristina Sampaio (Unimontes), Lara Carneiro (ISMAI, Portugal), Luana Leão (Ageing and Health, Noruega, e Unimontes) e Lêda Antunes (Hospital Aroldo Tourinho/Montes Claros).

ACESSE O ESTUDO (em inglês)

DETALHES

Professor Renato Sobral Júnior

Denominado “Pandemia de Covid-19: Um relatório multinacional fornecendo experiências profissionais no gerenciamento da saúde mental de idosos”, o estudo envolve o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde/Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF/Unimontes) e o Hospital Aroldo Tourinho, em Montes Claros. As outras instituições participantes foram o Instituto Superior de Ciências Educacionais (Portugal), o Hospital Universitário (Aldring og Helse) de Oslo, da Noruega; e o Laboratório de Neurociência do Exercício, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O trabalho mostra que os profissionais de saúde nós três países têm recorrido aos dispositivos tecnológicos para dar suporte aos idosos. Participaram pesquisadores da áreas de Educação Física, Psiquiatria Geriátrica, Antropologia, Psicologia, Nutrição e Enfermagem.

“A pesquisa foi desenvolvida por meio de entrevistas a profissionais de saúde e afins que estão trabalhando na “linha de frente” da pandemia. Para isso, foram realizadas reuniões virtuais entre os três países para organizar a logística das ações”, afirma o professor Renato Sobral Junior. “Todo o processo foi realizado ao longo de um mês, um tempo recorde para pesquisas científicas”, completa.

Ele é pós-doutor em Psiquiatria e Saúde Mental pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com estágio na Norwegian National Advisory Unit for Aging and Health (Oslo, Noruega). Graduado em Educação Física, Renato Sobral também é doutor em Medicina (Neurologia-Neurociências) pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e mestre em Ciências do Exercício e do Esporte pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Sobral explica que no estudo internacional foram analisadas as experiências que os profissionais de saúde estão tendo frente às ações de suas organizações em cada país para lidar com a saúde mental de idosos durante a pandemia. “Os profissionais relataram tais experiências de modo informal, por telefone, videochamada, e-mail e outros recursos tecnológicos”, detalha.

PRINCIPAL RESULTADO: USO DA TECNOLOGIA VIRTUAL

O professor Renato Sobral enfatiza que, como “principal achado”, o estudo constatou que, apesar da disparidade no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos três países (Noruega 1˚, Portugal 40° e Brasil 79° no ranking mundial), em todos eles, no mesmo patamar, há uma busca do uso das tecnologias de comunicação virtual para manter o contato entre familiares dos idosos, atendimento psicológico e médico e o exercício das atividades físicas.

No Brasil, observa o pesquisador, o destaque na atenção à saúde dos idosos é a realização da campanha anual de vacinação contra a gripe H1N1, o que reduz a possibilidade de complicações em caso de infecção por Covid-19. “A vacinação contra H1N1 não ocorre nos demais países como parte das políticas de saúde pública”, salienta.

O pesquisador pontua que Montes Claros destaca-se em três aspectos no cenário avaliado da saúde mental dos idosos: “pelo serviço de psicologia remota do Hospital Aroldo Tourinho, pelas ações do Hospital Universitário Clemente de Faria e pelas ações dos professores do PPGCS, que incluem o “Consultório na Rua”, que fornece atenção aos moradores de rua”.

“No Rio de Janeiro o destaque vai para o Laboratório de Neurociência do Exercício, que mantém suas atividades de orientação aos idosos para a realização de atividades físicas por vídeo”, conclui o pesquisador.

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