O reitor da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimnontes), professor Antonio Alvimar Souza, e a vice-reitora da instituição, professora Ilva Ruas Abreu, participaram nesta terça-feira (6/5), de duas audiências públicas promovidas pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais(ALMG). Os encontros tiveram como objetivo discutir a situação do ensino superior público estadual e o financiamento da pesquisa científica e tecnológica no Estado, contando também com a participação de dirigentes de outras universidades públicas, representantes docentes e acadêmicos.
A primeira audiência foi realizada pela Comissão de Administração Pública para debater a situação da Universidade Estadual de Montes Claros e da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). A reunião foi requerida pela deputada Leninha de Souza e contou com a participação de outros parlamentares votados no Norte de Minas – Carlos Pimenta, Gil Pereira, José Reis e Tadeu Martins Leite (estaduais), além do deputado federal Paulo Guedes.
Foram abordados pontos como a situação financeira das universidades, que tiveram que se adequar ao contingenciamento nos recursos de custeio e de pessoal. Em seu pronunciamento, o reitor Antonio Alvimar destacou que “a Unimontes é o principal agente do Estado no Norte de Minas” e conclamou o Legislativo Mineiro para que “desperte e compreenda a necessidade de proteção da Universidade pública, não apenas nos momentos de calamidade”.
Lembrou, ainda, que é preciso que a Unimontes se mantenha como protagonista do desenvolvimento social e econômico de uma região. Na oportunidade, ele apresentou os números da Universidade, que tem mais de 12 mil alunos, 1,1 mil professores e 2,2 mil servidores como referência no ensino, na pesquisa, na extensão e na prestação de serviços.
O professor Antonio Alvimar Souza destacou que a instituição abrange uma população de aproximadamente 2,5 milhões de habitantes, por meio das ações de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas no seu campus-sede e seus demais campi nas regiões Norte e Noroeste de Minas e no Vale do Jequitinhonha. Ele lembrou que a Unimontes, por intermédio do Hospital Universitário Clemente de Faria, oferece atendimento gratuito, bancado exclusivamente pelo Serviço Único de Saúde (SUS), alcançando cerca de 1,6 milhão de pessoas.
“Precisamos de sabedoria para trilhar este caminho. Neste momento, precisamos fazer coro com todas as outras universidades, que oferecem ensino público, de qualidade e gratuito”, conclui o reitor.
A reitora da UEMG, professora Lavínia Rodrigues, afirmou: “queremos contribuir para a nova subsecretaria de Ensino Superior, temos que ampliar a articulação das duas Universidades com a Educação Básica, garantir os recursos via Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais). A Lei tem que ser respeitada e, principalmente, temos que criar com uma Frente Parlamentar Ampla, com deputados estaduais, deputados federais e senadores”.
Representante dos docente da Unimontes, a professora Maria Clara Maciel se pronunciou em nome da categoria e destacou que “todos os projetos da Universidade pensam a região” e que há uma identidade muito forte neste sentido. “É uma luta que precisa envolver a sociedade, o retorno é permanente, não é temporário”. Ainda conforme a professora, “as universidades compõem as propostas de solução” no âmbito do Estado.