Depois da experiência positiva com a 18ª Romaria das Águas e da Terra, realizada no início do mês, no território quilombola de Brejo dos Crioulos, o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Antropologia e Sociologia, vinculado ao Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), vai estabelecer um calendário regular para a divulgação de videodocumentários sobre questões ligadas à terra no Norte de Minas.

O trabalho inicial foi com o documentário “Os Desafios da Igreja no Norte de Minas”, produzido pela TV Aparecida, que foi apresentado na comunidade Araruba, em Brejo dos Crioulos, com registros históricos como desapropriações irregulares, conflitos em áreas de minerações e extrativismo e exploração de mão de obra, dentre outros pontos.

O Núcleo é formado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Comunidade Tradicionais do Rio São Francisco (Opará), Mostra Audiovisual Olhar, Imaginar, Agir (OIA), Grupo de Estudos e Pesquisas em Cultura e Processos Sociais (Sertão) e o Núcleo Interdisciplinar de Investigação Socioambiental (Niisa).

BREJO DOS CRIOULOS

Na comunidade de Araruba, que faz parte do município de São João da Ponte (Norte de Minas), acadêmicos e professores da Unimontes foram responsáveis pela sessão “Filmes e Documentários”, dentro da programação da 18º Romaria das Águas e da Terra – “Território Quilombola, Luta e Resistência – Juntos Fazemos a Diferença”.

Um grupo de 50 pessoas acompanhou a exibição dos “Desafios da Igreja no Norte de Minas”, da TV Aparecida (SP). As professoras Andréa Maria Narciso Rocha de Paula e Maria Railma Alves e os pesquisadores do Grupo Opará, Adinei Almeida, Laís Costa e Maria Tereza Queiroz coordenaram os trabalhos, que contaram, ainda, com as participações de antropólogos egressos da Unimontes Pedro Henrique e Izadora Acypreste – mestres pelas Universidades Federais de São Carlos (UFSCar) e de Goiás (UFG), respectivamente.

Veja

“Há um histórico de conflitos, desafios e lutas que foram presenciados pela Igreja Católica ao longo dos anos, entre situações como desapropriações por causa da mineração e do extrativismo e de exploração de mão de obra, dentre outros. Este documentário de pouco mais de 60 minutos, produzido em 2013, resgata estes registros”, explica a graduanda em Ciências Sociais, Laís Costa.

Para os próximos meses, inclusive com a difusão de outros documentários, os núcleos planejam levar o projeto para comunidades tradicionais dos municípios de São João da Ponte, Verdelândia e Varzelândia, entre ribeirinhos, geraizeiros e quilombolas.

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