Convidado para ministrar a abertura do 13º Fórum de Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão, o professor Miguel González Arroyo fez questão de elogiar a Unimontes pela escolha do tema central – “Resistências Pedagógicas e Políticas em Tempos Atuais” –, no qual se baseou para a conferência.
“Que bom que a Unimontes se volta para esse tema, com o qual me identifico e que me provoca questionamentos. Falar sobre educação nesses tempos tão duros, de destruição do estado de direito, coincide com o momento em que lanço um livro falando sobre vidas ameaçadas. Pretendo despertar no público a indignação”, disse o doutor em Educação, durante o evento na noite dessa terça-feira (5/11), na quadra 1, do campus-sede.
O 13º FEPEG é o maior evento acadêmico da Unimontes, com minicursos, oficinas, palestras, conferências, simpósios e apresentação de trabalhos científicos até o próximo sábado (9/11). São 4,5 mil inscritos em todas as atividades, que acontecem simultaneamente na sede e nos campi de Espinosa, Brasília de Minas, Unaí, Januária e Pirapora.
Arroyo, que é docente na UFMG, ressaltou ainda que, “em tempos de sofrimento humano e opressão, temos a obrigação de nos indignar. É a pedagogia da indignação diante de tantas injustiças que estão acontecendo, sobretudo com crianças e adolescentes”.
Anfitrião em nome da Universidade Estadual de Montes Claros, o reitor Antonio Alvimar Souza citou o trecho “só o ser humano educa outro ser humano”, do livro “Ofício de Mestre”, do próprio Miguel Arroyo, como a mensagem de boas vindas ao convidado e ao público formado por professores, acadêmicos e pesquisadores.
“A educação é um processo formativo que inclui alegrias, tristezas e decepções. Educar não é só propiciar momentos prazerosos. Devemos educar para os momentos difíceis que precisamos superar. A vida se dá no movimento e precisa ser composta de paciência e sabedoria, carregadas com serenidade”, disse o reitor em nome da comunidade acadêmica. “É preciso que pensemos uma educação que imprima nas pessoas a tolerância e o respeito à diversidade. A Unimontes, apesar das dificuldades, continua sendo o espaço onde educamos para o diálogo e o respeito”.
O professor Paulo Eduardo Gomes de Barros, presidente do comitê organizador do FEPEG e pró-reitor de Extensão, lembrou que, “ao falar sobre o FEPEG, vamos além da organização. Falamos de um evento consolidado na instituição em que abordamos nesta edição a discussão sobre a universidade pública na atualidade e seus desafios. É preciso criar perspectivas para os que não têm oportunidades e defender a Unimontes como universidade pública, gratuita e de qualidade”.
Os Grupos Saruê e Faminguê se apresentaram durante a abertura oficial do Fórum.
