O Museu Regional do Norte de Minas (MRNM), da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), instalado no antigo Casarão da Fafil, recebeu a visita do cineasta Alberto Graça, natural de Montes Claros e radicado no Rio de Janeiro. Além de conhecer sobre o trabalho de preservação do patrimônio cultural e das tradições da região, o cineasta um viveu momento de emoção. Pela primeira vez, assistiu ao vídeo sobre a história do Casarão, gravado pela sua mãe, a professora Ruth Tupinambá Graça (falecida em 2014), que integra o acervo do Museu Regional.
Durante a visita, Alberto Graça foi acompanhado do diretor, ator e produtor de cinema Paulo Henrique Veloso Souto (integrante da Associação dos Amigos do Museu Regional, em fase de criação) e do jornalista Paulo Narciso. Os três visitantes estudaram no antigo sobrado que, além da Faculdade de Filosofia (Fafil), foi sede da Escola Estadual Gonçalves Chaves e da antiga Escola Normal Oficial (atual Escola Estadual Professor Plínio Ribeiro).
O cineasta foi recebido pela diretora do Museu Regional, professora Marina Ribeiro Queiroz e conheceu todo o acervo do espaço, que está distribuído em quatro eixos temáticos: Meio Ambiente (aspectos geográficos, fauna e vegetação, Ocupação do Território (peças líticas, e de couro, pinturas rupestres e elementos da ocupação histórica), Evolução Urbana de Montes Claros e ainda o eixo “Saberes, Fazeres e Celebrações (que apresenta o patrimônio imaterial do povo norte-mineiro).
Graça também viveu momento de emoção ao sentar-se à mesa que integra os móveis da casa de uma antiga família da cidade, que freqüentou durante a infância e adolescência. Os móveis foram doados ao museu por Geraldo Queiroz Maurício – “Nenzão”.
Durante a visita, a professora Marina Queiroz passou as informações sobre como foi o processo de montagem e a aquisição do patrimônio material e imaterial do museu regional, instalado há quatro anos e que já recebeu mais de 52 mil visitantes. A entidade é aberta diariamente, com visitas gratuitas.
O cineasta Alberto Graça mostrou-se admirado com o acervo que conheceu no espaço instalado e mantido pela Universidade Estadual de Montes Claros. “Estou emocionado e muito impressionado com o Museu Regional por resgatar a história e a memória de Montes Claros. É muito importante a preservação da cultura, da história e das tradições. Se não identificar e preservar suas tradições, Montes Claros deixa de existir e perde as suas referências”, destacou. Ele enalteceu, ainda, o trabalho e a importância do trabalho da Unimontes e da comunidade na conservação da sua memória e dos seus elementos históricos.
