
Na próxima sexta-feira (06/06), o Museu Regional do Norte de Minas (MRNM), vinculado à Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), apresenta o espetáculo Dança Flamenca com a jovem bailaora Yara Royo, de apenas 16 anos. A atração, que ocorre no contexto do projeto Uma Noite no Museu, será nas dependências do MRNM, que fica no Corredor Cultural Padre Dudu, na rua Coronel Celestino, 75, centro, às 19h. A entrada é GRATUITA.
Yara Royo
Natural da cidade de Patrocínio Paulista (SP) e atualmente residente na cidade de Montes Claros, Norte de Minas, Yara Royo, que nasceu no dia 29 de junho de 2008, prestes, portanto, a completar 17 anos, iniciou sua jornada no flamenco quando tinha somente sete anos, no Pátio Flamenco, sob orientação de Elisa Pires. Continua seus estudos no Estúdio Flamenco Ale Kalaf, com as maestras Ale Kalaf, Fernanda Viana e Ximena Espejo.
Ao longo dos 10 anos de experiência e formação, aprimorou habilidades com maestros famosos, nacionais e internacionais, como Ale Kalaf, El Carpeta, El Torombo, Farru, Farruquito, Fuensanta La Moneta, Jonas Ruedas, Manu Angel, Miguel Alonso, Miri Galeano, Pedro Souza e Talita Sánchez, entre outros.
A bailaora ou dançarina de flamenco participou dos Festivais do Pátio Flamenco e integrou a Cia. Pátio Flamenco Moc, onde dançou em eventos como o Projeto Zás, promovido pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais, além de aberturas de espetáculos, como o de Saulo Laranjeira, em Montes Claros.
Desde 2018, é presença constante na mostra de dança do Festival Internacional de Flamenco de São José dos Campos (SP). No ano de 2020, viveu imersão cultural flamenca de um mês na Espanha, quando assistiu a tablaos e espetáculos emblemáticos no estilo de Sara Baras. Esteve como professora no Pátio Flamenco Moc, entre 2023 e fevereiro de 2025, contribuindo com o ensino e a disseminação dessa arte apaixonante na região. No ano passado, apresentou-se como solista (baile: Guajiras – estilo de dança flamenco com raízes cubanas e influências espanholas). Em março de 2025, iniciou trabalho solo e tem realizado apresentações como a que está prevista para o dia 06 de junho no Museu.
Flamenco
A dança flamenca nasceu na Andaluzia, no sul da Espanha, na condição de expressão artística profundamente marcada pela emoção, pela força e pela identidade de um povo. Suas origens são diversas e entrelaçam influências ciganas, mouras, judaicas e espanholas, o que a torna uma arte rica em cultura e sentimento. Mais do que uma dança, o flamenco é uma forma visceral de contar histórias com o corpo, o som e a alma.
Entre seus elementos mais marcantes está o “zapateado”, sapateado preciso e vigoroso que marca o compasso com os pés. Os movimentos dos braços e das mãos — conhecidos como braceos e floreos — trazem leveza e beleza, num contraste com a força do ritmo e que adiciona profundidade à expressão.
A postura firme, o olhar penetrante e a liberdade para improvisar são traços fundamentais. A técnica é essencial, mas é a energia emocional difícil de definir, que realmente conduz a dança e a torna única em cada apresentação. As coreografias transitam o sentimento da bailaora, desde do sorriso à dor, dependendo do “palo” – nome dado aos diferentes estilos rítmicos e expressivos do flamenco, cada um com compasso, tema e emoção próprios. É nesse diálogo entre corpo, som e emoção que o flamenco se revela por completo. É emoção viva!
Muito além de uma sequência de passos, o flamenco é resistência, paixão e vida em movimento.

