A professora Doutora Ilca Vieira de Oliveira, do Programa de Pós-Graduação em Letras da Unimontes, será agraciada com medalha de honra alusiva aos 70 anos do Museu da Inconfidência. A solenidade será no próximo domingo (10), em Ouro Preto. O evento contará com a presença da ministra da Cultura e do presidente do Instituto Brasileiro de Museus, Ângelo Oswaldo de Araújo Santos.
A professora será homenageada como pesquisadora pelos relevantes estudos desenvolvidos sobre o século 18, em especial, sobre o livro “Fios e bordados” (Editora UFMG), lançado em 2012 que aborda autores de vários gêneros literários e o poeta inconfidente Tomás Antonio Gonzaga. O livro é resultado da tese de doutorado da pesquisadora que revela como as imagens de Gonzaga são reconstruídas no imaginário brasileiro, como ele aparece na poesia, no drama e na narrativa dos dois últimos séculos, como representante de mitos simbólicos do Estado-nação.
Na obra, a professora destaca um capitulo especifico sobre o Museu da Inconfidência. O interesse da pesquisadora pelo século 18 e por Marília de Dirceu (1792), obra mais importante de Gonzaga, vem desde a iniciação científica, na graduação em Letras, e desdobrou-se na pesquisa de mestrado. Nessa fase dos estudos, ela descobriu, nas histórias da literatura brasileira, referências a textos ficcionais que retomavam a história de Minas do século 18 e personagens históricas.
A pesquisadora ressalta que a homenagem é altamente importante. “Fico extremamente feliz pois em meus estudos procuro valorizar as cidades históricas, as memórias, cultura e os patrimônios de Minas Gerais e neste contexto o Museu da Inconfidência tem lugar privilegiado”, ressaltou.
Museu da Inconfidência
Instalado na antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica, o Museu da Inconfidência, um dos mais visitados do Brasil, foi inaugurado em 11 de agosto de 1944, mas, desde 1942, já abrigava o Panteão com os restos mortais dos principais conjurados de 1789. Funcionou como penitenciária estadual, instalada pelo governador João Pinheiro. O prédio foi projetado por Luís da Cunha Menezes, o “Fanfarrão Minésio”, em 1784. As comemorações das sete décadas do museu coincidem com o bicentenário de morte de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, motivo de celebrações em todo o país.